Prata da Casa
Vilões e mocinhos do mar
De um lado, um golfinho órfão vira o melhor amigo de um adolescente rebelde que passa férias na Flórida. De outro, um tubarão voraz ataca duas pessoas em menos de 24 horas, nas praias da Ilha de Amity. Ambos são protagonistas de blockbusters que marcaram gerações e ajudaram a desenvolver sentimentos de simpatia e medo pelos mares e suas criaturas. Mas esses filmes clássicos conseguem promover a reflexão sobre a situação dos oceanos e a necessidade de preservação?
No sucesso de bilheteria Tubarão, o clima de suspense das cenas de ataque é comparável a cenas de assassinato, evidenciando uma imagem negativa da espécie. Em oposição, a saga Flipper idealiza golfinhos como “animais amigos do homem” e transforma-os em mercadoria de entretenimento. As produções cinematográficas ajudam a formar o imaginário coletivo sobre os “vilões” e “mocinhos” da natureza, mesmo que essa classificação não faça sentido no mundo real. Enquanto isso, a superexploração dos recursos dos oceanos é elemento secundário nas histórias, apesar da preponderância desse fator na mortandade da fauna marinha.
Como contraponto, pipocam documentários que mostram de maneira didática a importância do respeito e o equilíbrio dos ecossistemas marinhos. Flipper e Free Willy são símbolos da multimilionária indústria de apresentações de cetáceos. Mas, como denunciam os filmes The Cove e Blackfish, a criação em cativeiro é um dos elos da perversa cadeia de caça desses animais. Já Sharkwater apresenta a beleza dos tubarões, que se relacionam em harmonia com os seres humanos.
No site de PÁGINA22, assista a trechos dos filmes e leia a matéria sobre os documentários que desconstroem os estereótipos dos blockbusters, abordando a real complexidade da relação entre homens e o mar.
Por Carol Nunes
Mundo Afora
Em Profundidade
Depois de percorrer quase todos os cantos do mundo, o Google Street View chegou até mesmo ao fundo do mar. Câmeras subaquáticas captaram a vida marinha de seis regiões do Havaí, Filipinas e Austrália. Entre elas está a Grande Barreira de Corais australiana, o mais extenso trecho de recifes do mundo e um dos lugares de maior biodiversidade.
Se, ao ler esta edição de PÁGINA22 sobre mares, você, leitor, sentir uma forte vontade de ir à praia, mas não puder fazê-lo imediatamente, vá até a ferramenta do google e encontre cardumes de peixes, tartarugas e arraias em visões de 360 graus passando longe do curso de mergulho.
Vozes Jovens
Para se aproximar e fortalecer o diálogo com os jovens, as Organizações das Nações Unidas lançou em setembro um site dedicado aos trabalhos das suas diversas agências que lidam com esse público. O endereço traz informações, notícias e vídeos sobre ações para e com adolescentes, além de plataformas para diálogo. É uma boa fonte para quem quiser se engajar com a ONU. A plataforma encontra-se em inglês e francês, mas aos poucos deve ser traduzida para outros idiomas.
Vale o Click
Por Trás do Rótulo
O site FechandoZiper.com tem como objetivo desvendar os rótulos dos produtos industrializados que comemos diariamente, explicando o que significam as informações contidas (e omitidas) neles. Todos os produtos – apresentados com marca – recebem notas entre A e F de acordo com suas quantidades de fibras, gorduras, elementos químicos artificiais, entre outros. É uma boa contribuição para quem quer emagrecer ou simplesmente busca uma alimentação mais saudável.
Mais Cor, Por Favor
O site Color+City é dedicado aos amantes de arte de rua e grafite. Seu objetivo é conectar as pessoas que têm tintas, inspiração e vontade de pintar a aquelas que têm os muros e espaços livres para ganharem cores, em qualquer parte do Brasil. Basta tirar uma foto do espaço e deixar os pintores escolherem.
Como anda?
Desde 2012, com o início da Política Nacional de Mobilidade Urbana, os municípios brasileiros com mais de 20 mil habitantes devem elaborar seu próprio Plano de Mobilidade Urbana. Por isso, o Greenpeace lançou uma campanha e um site para acompanhar o andamento das ações das prefeituras. E mais: por ele, você envia um e-mail aos prefeitos cobrando e dando sugestões de melhoria do transporte público.