31 de março e 01 de abril de 1964. Há 50 anos, tanques e soldados do Exército brasileiro saíam dos quartéis e ocupavam os principais prédios públicos em Brasília, Rio de Janeiro e em outras capitais do país. O governo de João Goulart caía sem resistência e dava espaço para uma articulação política entre lideranças da oposição e as Forças Armadas. Era o começo do regime civil-militar que cassaria todas as liberdades civis no decorrer de duas décadas, e caçaria seus inimigos nos becos das cidades, nos esconderijos da floresta, nas letras de música, nos jornais, na televisão…
Cinco décadas depois, o Brasil vive um regime político democrático, mas ainda sofrendo com os efeitos de décadas de fechamento político. Para relembrar esse evento triste da nossa História e para pensar no nosso presente e futuro, o blog Coletivo Sustentável reuniu algumas matérias da Página22 que abordam os desafios da democracia pós-redemocratização no Brasil.
O ativismo político da nova geração é efetivo ou falta pragmatismo? Por Amália Safatle (nov/2012)
“A juventude não entra no partido porque lá não sabe o que pode falar. Já nos coletivos, entra numa roda, senta no chão e fala o que quiser.”
Antes…e depois? Por Bruna Borges #59 (dez/2011)
“Geralmente tudo (de errado nas escolhas do governo) tem como motivo a corrupção. Nada se explica por escolhas, por linhas políticas ou por propostas econômicas já superadas. Isso faz com que a discussão política que ocorre no Brasil seja muito fraca.”
Aprender a conversar Por Carolina Derivi #51 (abr/2011)
“A gente percebeu que as ideias mais criativas vinham daí. O Estado deixa de determinar o espaço da participação e passa a reconhecer os espaços que a sociedade cria.”
Movida a transparência Por P22 #14 (nov/2007)
“Baseada na colaboração e consentimento entre todos os participantes de uma organização, a sociocracia é um sistema de governança para a sustentabilidade.”
A democracia pede licença Por P22 #10 (jul/2007)
“Na nascente democracia brasileira, o cidadão tem um voto, mas dificilmente sua opinião é levada em conta na hora em que se decide por obras polêmicas e de grande impacto socioambiental, como uma usina de energia nuclear, a transposição do Rio São Francisco e a construção de grandes hidrelétricas ou de rodovias.”