Uma rede social de mobilização em que o protagonista é o cidadão. Essa é a ideia que fez o Meu Rio, organização fundada em 2011, ser um sucesso que começa a ser replicado. São Paulo será a primeira cidade a receber sua versão fora dos domínios cariocas, com a plataforma Minha Sampa.
A rede utiliza linguagem acessível e estimulante, facilmente apropriada por cidadãos conectados. O internauta pode propor uma mobilização e contar com o reforço dos demais, por exemplo, para enviar e-mails em massa a vereadores solicitando apoio a um projeto de lei. “Nossa experiência mostrou que conectar o mundo on-line ao off-line funciona, sim”, afirmou Alessandra Orofino, uma das fundadoras, durante o Congresso Gife, do Grupo de Institutos Fundações e Empresas, ocorrido no fim de março.
Se uma proposta sinaliza um potencial alto de impacto, a equipe do Meu Rio coopera com seus proponentes para criar estratégias de ação e apoia com informações, como identificar as autoridades que devem ser pressionadas. Anna Lívia Arida, que está à frente do projeto na capital paulista, justifica a escolha da próxima investida: “São Paulo é uma cidade complexa tanto pelo tamanho quanto pelos desafios à participação social. E a sua população é altamente conectada”.
“Não passarão” é o nome da primeira experiência da Minha Sampa e recebeu metade dos apoios por celular, enquanto no Rio de Janeiro a porcentagem não passa de 30%. A iniciativa solicita ao Metrô uma campanha contra assédios sexuais.
“Minha Sampa é também um teste que estamos fazendo para aprender quais são os desafios para levar a rede a outros lugares”, explica Anna Lívia sobre a ideia de espalhar as tecnologias de mobilização pelo Brasil.