O Brasil é um dos maiores produtores de silício metalúrgico, com grau de pureza de 99%. Mas precisa dar um salto para chegar ao silício de grau solar, com 99,9999% de pureza, necessário para a fabricação de painéis para geração de energia fotovoltaica.
Para transpor essa barreira tecnológica, a Eletrosul, controlada da Eletrobrás, contará com a participação do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).
Nos laboratórios do instituto, está em desenvolvimento a primeira etapa do projeto. O próximo passo é iniciar as obras na unidade-piloto, que terá como sede o Parque Científico e Tecnológico da Unesc (Iparque), em Criciúma (SC) – onde uma estrutura existente será reformada.
O avanço nas pesquisa permitirá que o Brasil conquiste o domínio de toda a cadeia de produção de módulos fotovoltaicos. O projeto da Eletrosul prevê tanto a purificação do silício quanto a fabricação de células solares. Hoje, o custo de produção da energia solar ainda é alto no País principalmente em função da importação dos equipamentos.
GERAÇÃO DA FLORESTA
O potencial energético dos resíduos da floresta poderá ser aproveitado para gerar parte da energia que será ofertada ao sistema nacional no Acre. Esses são os planos da Laminados Triunfo, que atua na produção de madeiras tropicais sustentáveis. Há um ano e meio, com a desaceleração da venda de compensados para os Estados Unidos e Reino Unido – por conta crise econômica mundial –, a empresa decidiu migrar para a produção de energia a partir de biomassa proveniente de resíduo florestal. O programa deverá entrar em fase de testes nos próximos meses. Hoje, a Triunfo gera 1,7 MW de energia para consumo próprio e pretende chegar a 25 MW, de forma que essa produção possa ser interligada ao sistema nacional.
BIOMASSA MAPEADA
Minas Gerais contará com uma publicação que reúne informações e orienta decisões sobre as políticas para produção de energia limpa, o Atlas de Biomassa do Estado de Minas Gerais. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), ao lado da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapemig), selecionou o grupo que começaria em julho (depois do fechamento desta edição) um levantamento detalhado sobre essas informações no estado.
O documento pretende mapear as culturas e tipos de resíduos que poderão ser utilizados para a geração de energia com uso de biomassa. Outro objetivo será analisar, identificar e incentivar a implantação de empreendimentos. Também serão indicados os locais mais adequados para a implantação de usinas e as melhores alternativas tecnológicas para cada região.
Além dessa iniciativa, três universidades de Minas Gerais –Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Universidade Federal de Lavras (Ufla) – já realizam várias pesquisas sobre o assunto. Em 2009, o governo do Estado lançou o Mapeamento da Matriz de Coprodutos da Cadeia Produtiva, estudo preliminar na área.
Em âmbito nacional, coube ao Centro Nacional de Referência em Biomassa, da USP, elaborar um atlas para o Brasil.
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O Brasil é um dos maiores produtores de silício metalúrgico, com grau de pureza de 99%. Mas precisa dar um salto para chegar ao silício de grau solar, com 99,9999% de pureza, necessário para a fabricação de painéis para geração de energia fotovoltaica.
Para transpor essa barreira tecnológica, a Eletrosul, controlada da Eletrobrás, contará com a participação do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).
Nos laboratórios do instituto, está em desenvolvimento a primeira etapa do projeto. O próximo passo é iniciar as obras na unidade-piloto, que terá como sede o Parque Científico e Tecnológico da Unesc (Iparque), em Criciúma (SC) – onde uma estrutura existente será reformada.
O avanço nas pesquisa permitirá que o Brasil conquiste o domínio de toda a cadeia de produção de módulos fotovoltaicos. O projeto da Eletrosul prevê tanto a purificação do silício quanto a fabricação de células solares. Hoje, o custo de produção da energia solar ainda é alto no País principalmente em função da importação dos equipamentos.
GERAÇÃO DA FLORESTA
O potencial energético dos resíduos da floresta poderá ser aproveitado para gerar parte da energia que será ofertada ao sistema nacional no Acre. Esses são os planos da Laminados Triunfo, que atua na produção de madeiras tropicais sustentáveis. Há um ano e meio, com a desaceleração da venda de compensados para os Estados Unidos e Reino Unido – por conta crise econômica mundial –, a empresa decidiu migrar para a produção de energia a partir de biomassa proveniente de resíduo florestal. O programa deverá entrar em fase de testes nos próximos meses. Hoje, a Triunfo gera 1,7 MW de energia para consumo próprio e pretende chegar a 25 MW, de forma que essa produção possa ser interligada ao sistema nacional.
BIOMASSA MAPEADA
Minas Gerais contará com uma publicação que reúne informações e orienta decisões sobre as políticas para produção de energia limpa, o Atlas de Biomassa do Estado de Minas Gerais. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), ao lado da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapemig), selecionou o grupo que começaria em julho (depois do fechamento desta edição) um levantamento detalhado sobre essas informações no estado.
O documento pretende mapear as culturas e tipos de resíduos que poderão ser utilizados para a geração de energia com uso de biomassa. Outro objetivo será analisar, identificar e incentivar a implantação de empreendimentos. Também serão indicados os locais mais adequados para a implantação de usinas e as melhores alternativas tecnológicas para cada região.
Além dessa iniciativa, três universidades de Minas Gerais –Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Universidade Federal de Lavras (Ufla) – já realizam várias pesquisas sobre o assunto. Em 2009, o governo do Estado lançou o Mapeamento da Matriz de Coprodutos da Cadeia Produtiva, estudo preliminar na área.
Em âmbito nacional, coube ao Centro Nacional de Referência em Biomassa, da USP, elaborar um atlas para o Brasil.