A descentralização da produção e da difusão de informação, típicos da sociedade em rede, influenciam os modos de ser no mundo e levam essa noção de sociabilidade sem intermediários para outras esferas do cotidiano. Faça-você-mesmo passa a ser um lema com novo e crescente potencial, ainda mais com a variedade de tecnologias e ferramentas que vem despontando nos últimos anos, a exemplo dos microcontroladores como o Arduino e as impressoras 3D. Sem falar nos tutoriais, guias, vídeos e outros mapas do caminho compartilhados na internet, que apoiam tanto os geeks de plantão como quem quer fazer em casa seus produtos naturais de limpeza, cervejas artesanais, cosméticos caseiros, móveis com material reaproveitado etc. A tentação se torna ainda maior frente à vontade de adaptar dispositivos e produtos às preferências de cada um ou contornar empecilhos como a obsolescência programada.
Esse impulso coletivo ganhou o nome de Movimento Maker, e hoje reúne desde indivíduos criativos, até novos empreendedores – como revelam as plataformas Fazedores e Empreendedores Criativos -, coletivos e pequenos negócios, como no Open Source Ecology, no FabLab Brasil e na Garagem FabLab, e chega até a grandes empresas que buscam dialogar com esse novo cenário, como a Intel e sua placa de desenvolvimento GALILEO; a Lego e seus kits de robótica e a Natura e sua Hackaton.
Inspirado por tantas possibilidades, Leeward Wang, ex-pesquisador da linha de Formação Integrada no GVces (Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV-EAESP) decidiu aproveitar um período sabático para conhecer exemplos dessa cultura fazedora ao redor do mundo.
A partir de hoje, acompanharemos esse mapa com relatos frescos enviados pelo Lee. Confira, compartilhe, inspire-se!