O GVces marcou presença no evento Dialogue on the Extractive Sector and Sustainable Development: Enhancing Public-Private Cooperation in the context of the Post -2015 Agenda, que teve o objetivo de entender como as relações entre indústria extrativa, comunidades e governos podem ser potencializadas por meio de parcerias público-privadas-comunitárias. O pano de fundo para essa discussão é a nova agenda de desenvolvimento da Organização das Nações Unidas, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que serão definidos na próxima Assembleia Geral dessa organização, em setembro de 2015.
Os grandes temas abordados no contexto da contribuição do setor extrativo para os futuros ODS foram: promoção de crescimento econômico sustentável e geração de empregos por meio da indústria, proteção do meio ambiente, com atenção especial para uso sustentável de recursos marinhos, florestas e ecossistêmicos, melhorias no acesso a serviços básicos (saúde, educação, água e saneamento, energia e infraestrutura) e promoção de direitos humanos e inclusão social.
Sem dúvidas de que esses temas são fundamentais, um outro aspecto chama a atenção – e não somente no contexto desse evento. Esse foi, pelo menos, o terceiro encontro no ano relacionado a assuntos de sustentabilidade cujo tema transversal ou mote foi o diálogo (um dos exemplos foi o Diálogo Inclusivo – Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 das Nações Unidas e o Setor Privado; outro é o Grupo de Diálogo Brasileiro: Mineração, Democracia e Desenvolvimento Sustentável, iniciativa já relatada aqui neste Blog. Mas porque o diálogo está no foco das atenções? Alguns dizem que somente por meio do diálogo conseguiremos transformar a forma como os atores se relacionam e, consequentemente, mudar a qualidade das propostas e políticas sugeridas.
Mas a pergunta que fica por ora é: estamos conseguindo dialogar nos próprios eventos que propõe mais diálogo? E mais: será que todos os atores que precisam ser envolvidos para dialogarmos efetivamente estão representados nesses eventos?