Um dos pontos centrais para conter as mudanças do clima é o financiamento deste esforço. As políticas públicas podem ter a maior ambição possível, mas, sem os recursos para viabilizar essas ações, não conseguirão mudar o panorama crítico que vivemos hoje no clima global.
“Se quisermos que o mundo caminhe para uma agenda de baixo carbono, naturalmente os investimentos têm de levar essa agenda em consideração, observando e procurando diminuir seus impactos sobre o clima”, argumenta Annelise Vendramini, coordenadora do programa Sustentabilidade Global do GVces.
“Para isso, precisaremos do engajamento da comunidade financeira, daqueles que atuam diretamente sobre a economia real, de forma a permitir que os fluxos financeiros, aliados às políticas públicas, viabilizem a economia verde.”
No Brasil, o Fundo Clima é um dos principais apoiadores financeiros de atividades econômicas de baixo carbono, captando recursos advindos da exploração do petróleo no Brasil e disponibilizando-os para financiamentos não reembolsáveis e reembolsáveis. Neste último caso, o BNDES atua como agente financeiro, oferecendo recursos com condições financeiras mais atrativas que estimulem investimentos mais eficientes do ponto de vista climático.
Foi com o objetivo de facilitar as atividades do Fundo Clima e catalisar o financiamento por outros atores financeiros que o BNDES se uniu à Embaixada Britânica, à Latin America Regional Climate Initiative (Larci) e ao GVces. Juntos, criaram uma ferramenta inovadora de mensuração de emissões evitadas de gases de efeito estufa, vinculadas a projetos financiados pelo Fundo Clima.
“Nossa ideia é dimensionar a contribuição do Fundo para alcançar a meta brasileira de redução de emissões, definida pela Política Nacional sobre Mudança do Clima”, afirmou Martin Ingouville, do BNDES, durante seminário de lançamento da ferramenta, realizado em São Paulo em fevereiro. “Precisamos mostrar ao público não apenas o valor financiado, mas também o resultado efetivo desses investimentos.”
Voltada para a gestão do Fundo Clima, essa ferramenta faz referência às metodologias aprovadas e utilizadas pela Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima para aprovação de projetos vinculados a mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL), porém usa uma abordagem própria, com métodos de cálculo simplificados de emissões evitadas por projeto em oito dos dez subprogramas existentes (carvão vegetal, cidades sustentáveis, combate à desertificação, energias renováveis, florestas nativas, máquinas e equipamentos eficientes, modais de transporte eficientes, e resíduos com aproveitamento energético).
“Essa ferramenta possui rigor técnico, mas com aplicabilidade fácil no cotidiano, sem prejudicar o processo de tomada de decisão em crédito”, defende Mario Monzoni, coordenador do GVces. “Ela pode ser o primeiro passo para a construção de um banco de dados para fazer correlação entre projetos e redução de emissões, o que beneficiaria não apenas o BNDES, mas também os demais atores financeiros.”
SINTONIZANDO
Alunos visitam comunidades no Rio
Os alunos da 10ª edição da disciplina Formação Integrada para a Sustentabilidade (FIS), oferecida pelo GVces para graduandos na FGV-SP, realizou em março uma viagem de campo que faz parte do desafio a ser encarado no semestre: criar uma intervenção urbana em espaço público. A turma visitou a comunidade do Morro do Vidigal, no Rio de Janeiro, onde conversou com lideranças comunitárias como Mauro Quintanilha, morador que liderou a retirada de um lixão existente na região, e que hoje dá lugar ao Parque Ecológico do Sitiê. Mais informações no site.
ISE 2015
A BM&FBovespa e o GVces lançaram em 25 de fevereiro o processo 2015 do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). Além de divulgar o cronograma de revisão anual do questionário de seleção da próxima carteira, a equipe do ISE apresentou o pacote comemorativo dos 10 anos do Índice, que serão celebrados este ano. Saiba mais no site.[:en]
Um dos pontos centrais para conter as mudanças do clima é o financiamento deste esforço. As políticas públicas podem ter a maior ambição possível, mas, sem os recursos para viabilizar essas ações, não conseguirão mudar o panorama crítico que vivemos hoje no clima global.
“Se quisermos que o mundo caminhe para uma agenda de baixo carbono, naturalmente os investimentos têm de levar essa agenda em consideração, observando e procurando diminuir seus impactos sobre o clima”, argumenta Annelise Vendramini, coordenadora do programa Sustentabilidade Global do GVces.
“Para isso, precisaremos do engajamento da comunidade financeira, daqueles que atuam diretamente sobre a economia real, de forma a permitir que os fluxos financeiros, aliados às políticas públicas, viabilizem a economia verde.”
No Brasil, o Fundo Clima é um dos principais apoiadores financeiros de atividades econômicas de baixo carbono, captando recursos advindos da exploração do petróleo no Brasil e disponibilizando-os para financiamentos não reembolsáveis e reembolsáveis. Neste último caso, o BNDES atua como agente financeiro, oferecendo recursos com condições financeiras mais atrativas que estimulem investimentos mais eficientes do ponto de vista climático.
Foi com o objetivo de facilitar as atividades do Fundo Clima e catalisar o financiamento por outros atores financeiros que o BNDES se uniu à Embaixada Britânica, à Latin America Regional Climate Initiative (Larci) e ao GVces. Juntos, criaram uma ferramenta inovadora de mensuração de emissões evitadas de gases de efeito estufa, vinculadas a projetos financiados pelo Fundo Clima.
“Nossa ideia é dimensionar a contribuição do Fundo para alcançar a meta brasileira de redução de emissões, definida pela Política Nacional sobre Mudança do Clima”, afirmou Martin Ingouville, do BNDES, durante seminário de lançamento da ferramenta, realizado em São Paulo em fevereiro. “Precisamos mostrar ao público não apenas o valor financiado, mas também o resultado efetivo desses investimentos.”
Voltada para a gestão do Fundo Clima, essa ferramenta faz referência às metodologias aprovadas e utilizadas pela Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima para aprovação de projetos vinculados a mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL), porém usa uma abordagem própria, com métodos de cálculo simplificados de emissões evitadas por projeto em oito dos dez subprogramas existentes (carvão vegetal, cidades sustentáveis, combate à desertificação, energias renováveis, florestas nativas, máquinas e equipamentos eficientes, modais de transporte eficientes, e resíduos com aproveitamento energético).
“Essa ferramenta possui rigor técnico, mas com aplicabilidade fácil no cotidiano, sem prejudicar o processo de tomada de decisão em crédito”, defende Mario Monzoni, coordenador do GVces. “Ela pode ser o primeiro passo para a construção de um banco de dados para fazer correlação entre projetos e redução de emissões, o que beneficiaria não apenas o BNDES, mas também os demais atores financeiros.”
SINTONIZANDO
Alunos visitam comunidades no Rio
Os alunos da 10ª edição da disciplina Formação Integrada para a Sustentabilidade (FIS), oferecida pelo GVces para graduandos na FGV-SP, realizou em março uma viagem de campo que faz parte do desafio a ser encarado no semestre: criar uma intervenção urbana em espaço público. A turma visitou a comunidade do Morro do Vidigal, no Rio de Janeiro, onde conversou com lideranças comunitárias como Mauro Quintanilha, morador que liderou a retirada de um lixão existente na região, e que hoje dá lugar ao Parque Ecológico do Sitiê. Mais informações no site.
ISE 2015
A BM&FBovespa e o GVces lançaram em 25 de fevereiro o processo 2015 do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). Além de divulgar o cronograma de revisão anual do questionário de seleção da próxima carteira, a equipe do ISE apresentou o pacote comemorativo dos 10 anos do Índice, que serão celebrados este ano. Saiba mais no site.