A Iniciativa Desenvolvimento Local e Grandes Empreendimentos (IDLocal) lançou em abril um guia prático para auxiliar as empresas na implementação de diretrizes de atuação para proteção integral de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade em áreas receptoras de grandes obras e empreendimentos (disponível no site).
Criada pelo GVces há dois anos, a IDLocal teve como seu primeiro grande desafio refletir como inserir a questão dos direitos de crianças e adolescentes nas práticas empresariais, tendo em vista os riscos decorrentes da chegada e operação de grandes obras em território social, ambiental e economicamente delicado.
O objetivo do trabalho nesse tema é construir ferramentas que apoiem as empresas brasileiras a desempenhar uma função ativa no que diz respeito à proteção integral de crianças e adolescentes no contexto de seus empreendimentos localizados em áreas de vulnerabilidade social, ambiental e humana.
Nesse esforço, a iniciativa construiu juntamente com diversas empresas uma série de diretrizes empresariais para orientar a atuação desses atores na garantia dos direitos básicos de crianças e adolescentes em territórios afetados por suas operações.
Esse processo contou com o apoio da Childhood Brasil, além de especialistas da Escola de Direito de São Paulo da FGV.
No ano passado, o trabalho concentrou-se em apoiar algumas empresas-membro a assumir o desafio de implementar essas diretrizes, de forma a obter mais aprendizado do processo. Empresas como a construtora Camargo Corrêa, a Cipasa Urbanismo e a Klabin, além da Fundação Bunge, aceitaram elaborar projetos piloto para experimentar a aplicação das diretrizes construídas na IDLocal, internalizando-as em suas práticas corporativas nos territórios em que atuam. Os resultados, bem como as reflexões e os aprendizados desse processo, foram sistematizados no guia prático.
“Essa publicação traz um passo a passo para o desenvolvimento do Balanced Scorecard, uma ferramenta clássica empresarial que foi adaptada pela iniciativa para responder ao desafio da internalização do tema proteção integral de crianças e adolescentes na gestão”, conta Lívia Pagotto, coordenadora da IDLocal.
“O projeto piloto deve ser encarado como um processo de aprendizado para a empresa, possibilitando assim o melhor entendimento da relação entre proteção integral de crianças e adolescentes e a atividade empresarial. Dessa forma, o piloto não faz sentido se não estiver acoplado a uma estratégia maior da empresa”, explica Pagotto.
SINTONIZANDO
Intervenção urbana no Recife e em São Paulo
A macroimersão é um momento especial na jornada dos alunos da disciplina Formação Integrada para Sustentabilidade (FIS), optativa oferecida pelo GVces na FGV-SP. Em sua 10ª edição, o desafio dos alunos é criar uma intervenção urbana em um espaço público, de modo a pensar as cidades como um espaço para as pessoas. A viagem de campo, realizada em abril, levou os alunos para experiências inovadoras de intervenção urbana em São Paulo e no Recife.
Na capital paulista, a turma conheceu iniciativas na região do Alto de Pinheiros, Largo da Batata e do Bom Retiro. Já em Pernambuco, uma das experiências visitadas foi o Ocupe Estelita, um movimento social criado para debater novas formas de intervenção e ocupação do espaço urbano. Outra experiência visitada na capital pernambucana é a do coletivo Praias do Capibaribe, que busca transformar os espaços públicos nas margens do Rio Capibaribe em lugares de convivência . Mais no site.