Em tempos de crise hídrica, as empresas estão compreendendo o que significa depender de um recurso trivial no nosso dia a dia, mas que está se escasseando: a água. Este exemplo dramático é apenas um dos vários serviços ecossistêmicos dos quais a economia brasileira depende profundamente, mas que até hoje não foram efetivamente traduzidos em linguagem monetária, compreensível para o mercado.
No entanto, valorar esses serviços não é simples. São necessárias ferramentas que consigam tangibilizá-los, para que as empresas se tornem capazes de desenhar processos, produtos e serviços mais eficientes, aproveitando oportunidades associadas a cada serviço ecossistêmico e adquirindo resiliência para suportar vulnerabilidades e riscos.
É nesse contexto que se insere a iniciativa Tendências em Serviços Ecossistêmicos (TeSE), do GVces, que busca desenvolver estratégias e ferramentas destinadas à gestão empresarial de impactos, dependências, riscos e oportunidades. Em maio passado, a TeSE apresentou uma nova versão das Diretrizes Empresariais para a Valoração Econômica de Serviços Ecossistêmicos (Devese), que sistematiza métodos para valoração de oito serviços – quantidade de água, qualidade da água, assimilação de afluentes, biomassa combustível, regulação do clima global, recreação e turismo, polinização e erosão do solo.
Além da versão 2.0 da Devese, a iniciativa do GVces também apresentou a primeira versão das Diretrizes Empresariais para Relato de Externalidades Ambientais (Derea), um esforço da TeSE para avançar na construção de um sistema de mensuração, relato e verificação de serviços ecossistêmicos.
“As coisas caminham muito rapidamente, e as mensagens que recebemos da natureza acabam acelerando esse processo. Quem sabe possamos ter, no futuro próximo, um sistema de MRV para serviços ecossistêmicos, da mesma forma que temos hoje para o carbono”, diz Mario Monzoni, coordenador-geral do GVces.
Saiba mais sobre essas ferramentas e a TeSE aqui.
Carta ao G7 em prol da descarbonização
No começo de junho, os líderes dos países mais desenvolvidos e industrializados do planeta, o G7, fizeram um anúncio histórico que assinala a “descarbonização” da economia global ainda neste século. A declaração, feita durante a cúpula do grupo, realizada na Alemanha, pode catalisar os entendimentos na construção do novo acordo climático.
O GVces, por meio de seu coordenador-geral Mario Monzoni, foi signatário de uma carta encaminhada ao G7 pela We Mean Business, uma coalizão de organizações que atuam com empresas e investidores em prol de uma economia de baixo carbono. Na carta, a coalizão reforçou a importância de esses governos sinalizarem com ações e metas efetivas, ambiciosas e viáveis, de forma a orientar empresas em todo o mundo. Leia a carta na íntegra aqui.
SINTONIZANDO
Nova turma da FIS
Neste segundo semestre será lançada mais uma edição da disciplina eletiva Formação Integrada para Sustentabilidade (FIS), oferecida pelo GVces aos alunos de graduação da FGV-SP. A turma é sempre selecionada a partir de um processo participativo – a cosseleção. Nesse processo, os alunos candidatos vivenciam uma pequena experiência inspirada na FIS. Na nova turma, os candidatos tiveram de refletir sobre um modelo de fundo de apoio a pequenos empreendedores na Zona Leste de São Paulo, desafio inspirado no trabalho do Fundo Zona Leste Sustentável. Saiba mais sobre a cosseleção da FIS aqui.
Crianças e adolescentes
Como as empresas responsáveis por grandes obras podem contribuir para a proteção integral dos direitos de crianças e adolescentes? Em artigo publicado no portal do Estadão, a iniciativa Desenvolvimento Local e Grandes Empreendimentos mostra que, ao incorporar a geração de valor compartilhado para lidar com esses direitos nas práticas de gestão, as empresas podem dar um passo adiante, mitigando riscos e sinalizando seu comprometimento e responsabilidade com o desenvolvimento sustentável. Leia o artigo.