A cada ano, ele vem mais cedo. Em 2015, o Dia de Sobrecarga da Terra é 13 de agosto. A partir dessa data, a demanda anual sobre a natureza vai além do que o planeta é capaz de regenerar durante um ano. O cálculo, que mostra o quanto avançamos no cheque especial da natureza, é feito pela Global Footprint Network (GNF), organização internacional pela sustentabilidade, parceira global da Rede WWF, que monitora a Pegada Ecológica das cidades do mundo inteiro. Em 2000, a data foi 1º de outubro e, em 2014, foi 19 de agosto.
A Pegada Ecológica do Brasil é de 2,9 hectares globais por habitante, indicando que o consumo médio de recursos ecológicos do cidadão brasileiro é bem próximo da média mundial (2,7 hectares globais por habitante).
Isso significa que se todas as pessoas do planeta consumissem como o brasileiro, seria necessário 1,6 planeta para sustentar esse estilo de vida. A média mundial é de 1,5 planeta. Ou seja, estamos consumindo 50% além da capacidade anual do planeta.
Mais informações:
http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/pegada_ecologica/overshootday/
Pegada Ecológica
O WWF-Brasil atua com a Pegada Ecológica, buscando mobilizar e incentivar as pessoas a repensar hábitos de consumo e a adotar práticas mais sustentáveis. Além de utilizá-la como uma ferramenta de mobilização e de conscientização, em 2009, iniciou um trabalho pioneiro no Brasil, com a realização dos cálculos da Pegada Ecológica de Campo Grande (MS) e de São Paulo (Estado e capital).
Os resultados mostram que a pegada média do acreano é de 2,34 hectares globais per capta, 0,5 hectares globais acima da biocapacidade mundial (1,8gha/cap). Isso significa que, se todas as pessoas do planeta consumissem de forma semelhante aos acreanos, seriam necessários 1,3 planetas para sustentar esse estilo de vida. Embora a Pegada Ecológica do cidadão acreano seja maior que a biocapacidade planetária, ela é 20% menor que a do brasileiro, que é de 2,9 hectares globais por habitante, e 13% menor que o cidadão médio mundial.
A cidade onde foi lançado o estudo da Pegada Ecológica no Brasil foi Natal (RN). Se todas as pessoas do planeta consumissem de forma semelhante à população de Natal, seria necessário 1,9 planeta para sustentar esse estilo de vida.
O estudo da capital sul-mato-grossense revelou uma Pegada Ecológica de 3,14 hectares globais, o equivalente a 1,7 planeta. No estado de São Paulo, a Pegada Ecológica média foi de 3,52 hectares globais por pessoa (equivalente a dois planetas) e na capital, de 4,38 (2,5 planetas). Em São Paulo, o cálculo foi feito com base nas classes de rendimento familiar e mostrou uma grande diferença. Para os de renda mais alta, ela chegou a quatro planetas.