POR MAGALI CABRAL
Um balanço feito no último século e meio comprova: o avanço tecnológico não é um exterminador de empregos. Pesquisa realizada na Inglaterra e no País de Gales pela empresa global de consultoria e auditoria Deloitte mostra que, ao contrário, a ascensão da tecnologia vem criando grande quantidade de postos de trabalho ao longo dos últimos 144 anos.
Para chegar a essa conclusão, reportagem publicada em 18 de agosto no jornal britânico The Guardian conta que os economistas da Deloitte vasculharam dados dos censos dos dois países desde 1871.
Segundo os autores da pesquisa, a exceção fica por conta dos setores agrícola e industrial, que, devido à automação dos meios de produção, de fato reduziram drasticamente o número de empregados. Se, em 1871, 6,6% da força de trabalho da Inglaterra e do País de Gales trabalhavam em fazendas, hoje apenas 0,2% mantém um emprego no campo. Um declínio de 95%.
Mas o crescimento dos setores de tecnologia da informação e de serviços (cabeleireiros, bares e restaurantes, educação), por exemplo, teriam mais do que compensado essas perdas. “As máquinas assumiram tarefas mais repetitivas e trabalhosas, mas não chegaram perto de eliminar a necessidade de trabalho humano que em qualquer momento nos últimos 150 anos”, escreveram os autores Ian Stewart, Debapratim De e Alex Cole, indicados para o prêmio Society of Rybczynski, de estudos na área de economia e negócios. Para saber mais, acesse.