A capital paulista é uma das 5 cidades globais desafiadas a encontrar soluções para a questão energética. O projeto vencedor receberá 10 mil euros e auxílio técnico. Inscrições vão até 15 de novembro, veja como participar
Os milhões de carros, caminhões e ônibus que circulam em São Paulo respondem por mais de 90% de toda poluição do ar. A cidade, onde os moradores perdem até cinco horas por dia para ir ao trabalho e voltar para casa, vive sufocada no trânsito. Por isso, a plataforma What Design Can Do e a Fundação Ikea estão convocando profissionais criativos de todo o mundo a pensar em soluções inovadoras para criar fluxos mais sustentáveis de pessoas e mercadorias.
É compreensível que muitos brasileiros sejam viciados em carros, porque para grande parte da população não há muitas alternativas de mobilidade. Em São Paulo, o transporte público é limitado, pouco eficaz para as dimensões da metrópole, e as ciclovias ainda são restritas ou inexistentes sobretudo nas regiões mais periféricas. Para os cidadãos mais pobres e sem carro, não é nada fácil atravessar a cidade. Além disso, as emissões dos escapamentos são uma ameaça à saúde e à qualidade de vida.
O Clean Energy Challenge São Paulo começou a receber ideias que tragam soluções radicais para o trânsito da cidade: pense em como reduzir a dependência dos veículos motorizados, por meio de deslocamentos a pé ou de bicicleta, ou em como incentivar o transporte solidário de modo a diminuir o número de carros nas ruas.
São buscadas estratégias bottom up (de baixo para cima) e a combinação de inovação com os conhecimentos tradicionais e de redes locais. Tanto moradores das cidades participantes quanto de outros lugares do mundo podem enviar suas ideias.
5 continentes, 5 cidades, 5 desafios
O objetivo é encontrar respostas para as questões energéticas de cinco cidades globais: São Paulo, Déli, Nairóbi, Cidade do México e Amsterdã. Cada uma com seu um foco: mobilidade (São Paulo), moradia (Déli), alimentação (Nairóbi), processamento de resíduos (Cidade do México) e energia alternativa (Amsterdã).
A questão-chave em todas estas cidades é: como é possível repensar a produção, a distribuição e o uso da energia em áreas metropolitanas em constante expansão? No caso de São Paulo, a pergunta é: como estimular uma mobilidade limpa?
Os melhores projetos devem ser ao mesmo tempo inovadores, práticos, escalonáveis, acessíveis e fáceis de entender. Cada um dos vencedores, avaliados e escolhidos por um júri internacional, receberá um pacote de prêmios que inclui 10 mil euros para desenvolvimento da ideia; um programa de aceleração personalizado, destinados a tornar as ideias, protótipos ou startups vencedores prontos para o mercado e a produção; uma equipe de mentores e peritos dedicados e, acesso à rede de parceiros.
Participação: até 15 de novembro de 2018