O sistema econômico em que vivemos produziu extraordinários benefícios para a humanidade, como riqueza e bens de consumo, cultura, conhecimento, avanço tecnológico e um aumento formidável no bem-estar e na expectativa de vida. Mas ainda não foi capaz de lidar com externalidades negativas, como desigualdade de oportunidades, injustiça social e prejuízos sem precedentes ao meio ambiente.
Para que o desenvolvimento se torne sustentável, um novo paradigma se faz necessário. Não será mais possível empreender e investir olhando apenas para risco e retorno. Será preciso adicionar nova camada – a do impacto –, ou seja, levar em conta também os impactos sociais e ambientais de determinada atividade. E, com isso, expandir os efeitos positivos enquanto se reduz os negativos. O mundo já dispõe de recursos para implementar essa agenda.
Basta comparar alguns números. Para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030, são estimados US$ 67 trilhões. Parece muito, mas bem menos que os US$ 300 trilhões que giram por ano em ativos de especulação. A chave, portanto, está em direcionar fluxos para investimentos e negócios de impacto social e ambiental.
Mas como girar essa chave? Aumentar a percepção da sociedade sobre a relevância do tema é um primeiro passo. A comunicação e o engajamento de novos atores são fundamentais. Este Projeto Especial da PÁGINA22, realizado em inestimável parceria com o Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), é uma contribuição nesse sentido.
A edição traz debates de como avançar na agenda de impacto, por exemplo, por meio de um macroambiente favorável para esses investimentos e negócios, além de ferramentas e oferta de produtos que atraiam capitais de todo tamanho para os diversos públicos. Esse movimento ganhará mais força – e impacto – à medida que todos os atores se articulem, pois, diante de desafios sistêmicos dessa magnitude, precisaremos de todos juntos. Acesse o material completo em pagina22.com.br/ed-109.
Boa leitura!