A Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto, em parceria com a Pipe.Social, está conduzindo até 9 de agosto uma consulta on-line sobre as características que definem os negócios de impacto socioambiental positivo. O formulário pode ser acessado aqui.
Em 2015, a Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto (na época Força Tarefa de Finanças Sociais) lançou a Carta de Princípios para Negócios de Impacto, formulada com a participação de diversos atores ligados a essa temática. Esse documento se tornou uma das referências na definição de negócios de impacto para estudos acadêmicos e do campo, editais e para ação do governo federal no âmbito da Estratégia Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto (Enimpacto).
De lá para cá, o setor no Brasil se aproximou do movimento global e suas nomenclaturas, registrou a chegada de novos atores, entre empreendedores, gestores públicos, investidores e aceleradoras. Também se conectou com ecossistemas afins.
De acordo com Diogo Quitério, gestor de programas do ICE e coordenador da Aliança pelo Impacto, o ecossistema brasileiro de investimentos e negócios e impacto além de ser menor em 2014, possivelmente, era composto por organizações com perfis mais semelhantes entre elas do que atualmente. “É normal que o crescimento do ecossistema de impacto levasse ao questionamento sobre algumas fronteiras com outras áreas. A área de economia criativa, por exemplo, começou a se aproximar muito do ecossistema de impacto. O mesmo aconteceu com o movimento das Empresas B, o crescimento do empreendedorismo nas periferias, a aproximação de organizações ambientais.” comenta o gestor.
A Pipe Social foi escolhida como parceira técnica pela Aliança para a revisão por sua experiência em pesquisas no campo de negócios de impacto, além de grande contato com empreendedores e outros atores do ecossistema: investidores, aceleradoras, incubadoras, institutos e fundações.
Lívia Hollerbach, cofundadora da Pipe Social, defende a conceituação de negócios de impacto como marco zero do setor, servindo tanto para orientar novos empreendedores que estão chegando ou querendo se aproximar do campo, quanto aqueles que fomentam o campo.
O processo até aqui
A primeira etapa do trabalho de revisão da definição de negócios de impacto realizada pela Aliança pelo Impacto e Pipe.Social foi de pesquisa, levantamento e estudo de conteúdos já publicados no Brasil e no exterior sobre o tema. Também foi realizada uma análise do cenário brasileiro para entender como as organizações se posicionam institucionalmente e conceituam os negócios de impacto.
A fase de pesquisa deu origem a perguntas trabalhadas em entrevistas e dinâmicas com grupos. Dessa etapa resultou um conjunto de critérios que poderia definir o que é um negócio de impacto. A consulta aberta on-line é o momento de ampliar a escuta e conhecer mais opiniões acerca destes critérios para construir um novo documento de definição para os negócios de impacto que apoie a expansão e fortalecimento do ecossistema.
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