[FASHION TRANSPARENCY INDEX]
Em 2013, o desabamento de um edifício que abrigava várias confecções em Bangladesh fez 1.135 vítimas e expôs a precariedade das condições de trabalho na cadeia da chamada fast fashion. O fato provocou reações na indústria da moda – uma delas foi a criação do movimento Fashion Revolution, na Inglaterra, voltado à melhoria das condições da cadeia produtiva da moda. O movimento espalhou-se para mais de 100 países, inclusive o Brasil.
No ano passado, a iniciativa fez o primeiro índice de transparência local. O ranking avaliou 20 empresas brasileiras e marcas com operações no País, como Animale, Brooksfield, C&A, Cia. Marítima, Ellus, Farm, Havaianas, Hering, Zara, entre outras. A média alcançada foi de 17% de transparência, enquanto oito empresas pontuaram zero. A baixa pontuação não significa que as empresas não tenham boas práticas em suas cadeias produtivas, mas é um indício de que falta abertura de informações sobre questões socioambientais, como afirma Eloisa Artuso, diretora educacional do Fashion Revolution Brasil (mais sobre sustentabilidade na cadeia da moda nesta edição). – por Andrea Vialli