O livro Piauí: Terra Querida, Filha do Sol do Equador, do fotógrafo André Pessoa, chega às livrarias neste mês
O Piauí da Caatinga, do Cerrado, da Mata Atlântica e do maior delta em mar aberto das Américas, no estreito litoral com apenas 60 km de extensão. O Piauí da transição dos demais biomas com a Amazônia, um território de belezas e contrastes. De um lado, a riqueza arqueológica da megaestrutura de museu e visitação na Serra da Capivara e suas pinturas rupestres, berço dos ancestrais brasileiros mais antigos. De outro, o estigma da pobreza no lugar onde foi criado, em 2003, o Fome Zero. Traduzir tudo isso em arte fotográfica foi o desafio do fotógrafo André Pessoa, autor do livro Piauí: Terra Querida, Filha do Sol do Equador que chega às livrarias neste mês.
Autor de obras literárias como A Natureza do Piauí (2014), Caatinga Selvagem (2015) e Olhais (2022), o fotógrafo pernambucano apresenta agora uma coletânea das melhores imagens de três décadas de registros em terras piauienses.
Inspirado no centenário livro Os Sertões, de Euclides da Cunha, André Pessoa definiu três caminhos para representar o Piauí na publicação com os capítulos, o chão, o povo, as plantas e os bichos. Neles, o leitor vai se surpreender com a qualidade das imagens, com cenas exclusivas e inusitadas, além da variada e quente paleta de cores que caracteriza à sua trajetória fotográfica.
Considerado o maior documentarista cinematográfico do território piauiense, ele é o autor das fotografias que levaram o Ministério do Meio Ambiente a criar, em 1998, o Parque Nacional da Serra das Confusões, hoje uma das maiores Unidades de Conservação do Brasil com 825 mil hectares. Também teve papel fundamental na criação do Parque Nacional das Nascentes do Parnaíba, no Corredor Ecológico Capivara-Confusões e nas campanhas em defesa da Serra Vermelha, ameaçada de virar carvão na década de 2000.
Desde 1993, André Pessoa vive ao lado do Parque Nacional da Serra da Capivara, Patrimônio Cultural da Humanidade, onde dedica grande parte da sua carreira profissional. Recentemente assumiu a direção do Instituto Ecológico Caatinga (IEC), organização não governamental, sem fins lucrativos, e que mantém o projeto do Viveiro Mata Branca de produção, plantio e distribuição gratuita de mudas da Caatinga.
Confira algumas fotos de André Pessoa: