O projeto climateprediction.net está interessado naquele período de tempo em que o seu computador está ligado, mas não em uso. Durante essa inatividade, sua máquina pode ser parte do esforço para prever o clima da Terra até 2100 e testar a exatidão de modelos climáticos. Em curso desde 2003, o projeto acaba de inaugurar uma segunda fase em que pretende criar modelos climáticos regionais. É o weatherathome, que inicialmente vai modelar o clima na região oeste dos EUA, na Europa e no sul da África a partir de dados gerados por computadores pessoais.
“Com a ajuda do público, podemos rodar o modelo muito mais vezes do que com um supercomputador e literalmente contar eventos que ocorrem uma vez em 100 anos para ver como as mudanças climáticas estão afetando os riscos climáticos”, disse Myles Allen, da Universidade de Oxford, ao jornal The Guardian, que apoia o projeto. “É também muito mais responsável ambientalmente fazer esses cálculos usando tempo de processador ‘reciclado’ em Pcs do que comprar um supercomputador enorme e um prédio para abrigá-lo com uma planta de ar condicionado.”
O desenvolvimento de modelos climáticos regionais poderá ajudar a dizer se fenômenos recentes, como as inundações no Paquistão ou os incêndios na Rússia, são atribuíveis ao aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.