Por Amália Safatle
Apontado como valioso mecanismo para o combate ao desmatamento em Mato Grosso, além das práticas de comando e controle, a Redução das Emissões do Desmatamento e da Degradação (Redd) mereceu um estudo dos pesquisadores Laurent Micol e João Andrade, do ICV, e Jan Börner, da Iniciativa Amazônica, sobre sua aplicação no estado.
O ICV é uma das organizações não-governamentais atuantes na região, ao lado do ISA, Greenpeace, TNC, Conservação Internacional, Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, Imazon e WWF-Brasil, que criaram o Pacto pela Valorização da Floresta e pelo Fim do Desmatamento na Amazônia Brasileira.
Segundo os autores do estudo, as metas propostas pelo Pacto – reduzir em 75% o desmatamento no estado nos próximos dez anos com relação ao total medido entre 1997 e 2006 – resultariam em uma diminuição na emissão de gases de efeito estufa equivalente a cerca de US$ 1 bilhão por ano, nos próximos dez anos.
O governador do estado, Blairo Maggi, entretanto, salientou que a aplicação do Redd deve respeitar a diferença entre estados com grande cobertura florestal, como o do Amazonas, onde representa 97% do território, e os de grande atividade agropecuária, como o de Mato Grosso. “É preciso preservar o direito que o estado tem de ter uma economia forte.” Segundo o governador, “Mato Grosso não é a última fronteira agrícola, e, sim, a primeira defesa da Amazônia”, pois, ao permitir a produção em suas terras, evita que ela se expanda para a Floresta Amazônica.