A vida automatizada das grandes cidades é responsável por uma crise de obesidade que custa bilhões de dólares aos cofres públicos de países como Estados Unidos e Inglaterra. Esta, por exemplo, gasta mais de 10 bilhões de libras esterlinas, ou R$ 26,5 bilhões, o equivalente a 10% de todo o orçamento do sistema de saúde, para tratar de problemas decorrentes da inatividade física. Nos EUA, o custo médico do tratamento de doenças relacionadas a obesidade foi de mais de US$ 147 bilhões, ou R$ 244 bilhões em 2008.
A Tale of Two ObesCities (A história de duas cidades obesas) – trabalho conjunto da City University of New York e da London Metropolitan University – comprovou a importância da criação de programas que estimulem mais pessoas a caminhar e a andar de bicicleta. O estudo, que enfoca Nova York e Londres, mostrou que há uma porcentagem significantemente menor de pessoas acima do peso nos bairros onde caminhar é um hábito. Os pesquisadores explicam também que existe uma relação direta entre pobreza, inatividade física e obesidade.
“Bairros pobres têm em geral menos parques e centros de recreação e, por falta de segurança, as pessoas evitam sair para fazer qualquer atividade física.”
Essas evidências levam o relatório a fazer uma recomendação óbvia: promover a caminhada e o ciclismo é o caminho para ter uma população mais saudável e, ao mesmo tempo, reduzir os gastos em saúde pública.