Histórias e ideias de quem lê Página22
Enquanto estava na faculdade, Fabio Bonafé Oliveira percebeu que desejava pensar o meio ambiente de forma mais ampla e integrada e não em termos de especialidades, como oferece o curso de Biologia. “Eu queria abrir outros universos. Comecei a me ligar mais em educação ambiental, estudar o pensamento sistêmico, a Biologia Organísmica. Os biólogos que fizeram parte dessa escola estavam interessados em dissociar o pensamento restrito e pensar o todo.”
Não por acaso, sua empresa ganhou o nome Organis, voltada para a inovação e o uso sustentável de recursos naturais. Antes, porém, ele trabalhou com gerenciamento ambiental, resíduos e subprodutos industriais e unidades de conservação.
Depois de ser contratado para gerenciar um levantamento de biodiversidade, Fabio experimentou articular parceiros estratégicos, como ONGs, institutos de pesquisa e proprietários rurais. Com as muitas viagens e trabalhos de campo, o projeto virou paixão e guia para os objetivos da Organis de agora em diante. Como crítica ao conceito de sustentabilidade, e de sociedades sustentáveis, que para ele viraram jargão e perderam vigor, Fabio sugere pensar o conceito de sociedades amorosas.
A definição da Organis, segundo ele, está atenta ao que está despontando agora. As discussões sobre a forma de fazer pesquisa em biodiversidade e o acesso ao patrimônio genético. “Estamos estudando as normas para orientar as empresas que investigam recursos genéticos. Está tudo em construção na política dessa área e queremos participar.”