Para analistas em Wall Street, fatos como a volta dos lucros nas instituições financeiras e da alta no mercado de ações indicam o princípio do fim da crise detonada no ano assado com o estouro da bolha no mercado imobiliário. Mas na chamada Main Street – a economia dos trabalhadores e proprietários de pequenos negócios – há indícios de que, passada ou não a crise, nem tudo acabou bem. Em maio, pelo sexto mês consecutivo, o número de americanos que receberam ajuda do governo para comprar alimentos – ou food stamps – foi recorde: 34,4 milhões de pessoas. Em média, cada requerente recebeu US$ 133,65, segundo o Departamento de Agricultura. Desde agosto de 2008, mais de 10% da população americana contam com food stamps mensalmente para comprar comida.
Segundo o Economic Policy Institute,que pesquisa as condições econômicas as classes menos favorecidas, o número de pessoas sem emprego há mais de seis meses bateu recorde histórico em julho e atingiu 5 milhões, ou 3,2% da População Economicamente Ativa. Embora o ritmo de demissões tenha diminuído – a taxa de desemprego caiu para 9,4% em julho depois de bater em 9,5% em junho -, está difícil para os americanos desempregados encontrar trabalho. – por Flavia Pardini