O ano de 2011 não foi dos melhores para o mercado acionário em todo o mundo. Na BM&FBovespa, em São Paulo, apenas os índices de telecomunicações e energia elétrica (Itel e IEE) oscilaram positivamente entre as principais carteiras: 15,59% e 19,72%, respectivamente. Em ano de vacas magras, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) não se saiu mal. Declinou apenas 3,28%, o que lhe conferiu desempenho superior ao dos três principais índices de referência da Bolsa: Ibovespa (-18,11%), IBrX-50 (-14,06%) e IBrX (-11,39%).
O ISE também performou melhor que outros índices relacionados de alguma forma à sustentabilidade, como os de carbono (ICO2), governança corporativa (IGC) e tag along diferenciado (Itag), que caíram, respectivamente, 7,37%, 12,45% e 11,54%. O bom desempenho do ISE reforça a tese de que empresas mais bem resolvidas nos temas da governança e da sustentabilidade costumam desempenhar acima da média do mercado, ou pelo menos perder menos em tempos de crise. Durante 2012, três fatores influenciarão as bolsas: o tamanho da recessão nos países ricos, uma eventual contaminação das economias emergentes pela crise europeia e a eleição do próximo presidente dos Estados Unidos em novembro.