Cansado de gastar dinheiro e tempo para acompanhar e recorrer dos 33 processos movidos contra ele nos últimos 20 anos, o jornalista Lúcio Flávio Pinto tomou decisão controvertida, ao desistir de tentar mais um recurso contra sua condenação na ação de Cecílio do Rego Almeida. Seu último recurso foi negado em fevereiro pelo presidente do STJ, que justificou sua decisão em face da falta de algumas formalidades na documentação anexada por LFP, que preferiu mudar sua estratégia para o plano político. “Espero dividir com centenas ou milhares de pessoas o efeito dessa ignomínia de indenizar quem se apropriou de parte tão valiosa do patrimônio público.”
Das 33 ações que sofre, 18 foram iniciadas pela família Maiorana, dona do grupo de comunicação Liberal, cuja TV é afiliada da Rede Globo. LFP assinala que suas denúncias contra corrupção, grilagem e ligações de juízes, políticos e empresários com grupos criminosos são sempre documentadas. “Mas fui parar numa espécie de Gulag. Não interessa o que digo, já estou condenado de antemão”, diz, comparando sua situação com a de prisioneiros do Gulag, sistema de administração dos campos de trabalhos forçados na antiga União Soviética.
“Continuo a crer em muitos dos integrantes do TJ, mas não na estrutura de poder que nele funciona, conivente com a espoliação do patrimônio público por particulares, como o voraz pirata fundiário Cecílio do Rego Almeida”, denuncia. Para doações à campanha pró-Lúcio Flávio e notícias sobre o caso, acesse somostodoslucioflaviopinto.wordpress.com.
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