Jornalistas, leitores, sindicatos, grupos de direitos humanos e organizações ambientalistas lançaram em fevereiro a campanha “Somos todos Lúcio Flávio Pinto”. movimento visa denunciar, até mesmo no exterior, a injusta condenação do paraense Lúcio Flávio Pinto – considerado o maior especialista em Amazônia da imprensa brasileira – pelo Tribunal de Justiça (TJ) do Pará. LFP, como também é conhecido, foi condenado a pagar indenização de R$ 8 mil (o que hoje vale perto de R$ 22 mil, incluindo custas e honorários advocatícios), referentes a uma ação por danos morais movida por Cecílio do Rego Almeida, fundador da CR Almeida, que é uma das maiores construtoras do País, responsável por várias obras bancadas com dinheiro público.
Almeida, falecido em 2008, alegou na ação ter sido ofendido pelo jornalista, que o chamou de “pirata fundiário” em reportagem publicada em 1999 em seu combativo Jornal Pessoal. O texto descrevia a apropriação ilegal por Almeida de quase 5 milhões de hectares de terras públicas no Vale do Rio Xingu, no Pará – região de floresta rica em minérios e onde a Usina de Belo Monte está sendo construída.
“Fui condenado por falar a verdade.” No fim do ano passado, o “grilo”, herdado pelos filhos do fundador da empreiteira, foi anulado por uma decisão da Justiça Federal, sujeita a recurso.
O caso é tão escandaloso que até os funcionários do cartório que registrou a compra da “propriedade” foram demitidos pelo TJ. Um dos empreendimentos com participação da CR Almeida é a exploração de cobre em Canaã dos Carajás, no Sudeste do Pará, pela Mineração Serra do Sossego, subsidiária da Vale, que tem o governo federal como um de seus acionistas. Procurada por PÁGINA22, a CR Almeida não se manifestou a respeito. (Leia também “Drama Kafkaniano”)[:en]
Jornalistas, leitores, sindicatos, grupos de direitos humanos e organizações ambientalistas lançaram em fevereiro a campanha “Somos todos Lúcio Flávio Pinto”. movimento visa denunciar, até mesmo no exterior, a injusta condenação do paraense Lúcio Flávio Pinto – considerado o maior especialista em Amazônia da imprensa brasileira – pelo Tribunal de Justiça (TJ) do Pará. LFP, como também é conhecido, foi condenado a pagar indenização de R$ 8 mil (o que hoje vale perto de R$ 22 mil, incluindo custas e honorários advocatícios), referentes a uma ação por danos morais movida por Cecílio do Rego Almeida, fundador da CR Almeida, que é uma das maiores construtoras do País, responsável por várias obras bancadas com dinheiro público.
Almeida, falecido em 2008, alegou na ação ter sido ofendido pelo jornalista, que o chamou de “pirata fundiário” em reportagem publicada em 1999 em seu combativo Jornal Pessoal. O texto descrevia a apropriação ilegal por Almeida de quase 5 milhões de hectares de terras públicas no Vale do Rio Xingu, no Pará – região de floresta rica em minérios e onde a Usina de Belo Monte está sendo construída.
“Fui condenado por falar a verdade.” No fim do ano passado, o “grilo”, herdado pelos filhos do fundador da empreiteira, foi anulado por uma decisão da Justiça Federal, sujeita a recurso.
O caso é tão escandaloso que até os funcionários do cartório que registrou a compra da “propriedade” foram demitidos pelo TJ. Um dos empreendimentos com participação da CR Almeida é a exploração de cobre em Canaã dos Carajás, no Sudeste do Pará, pela Mineração Serra do Sossego, subsidiária da Vale, que tem o governo federal como um de seus acionistas. Procurada por PÁGINA22, a CR Almeida não se manifestou a respeito. (Leia também “Drama Kafkaniano”)