O Banco Santander e a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBovespa) fecharam uma parceria que irá beneficiar as negociações no mercado de carbono no Brasil. Hoje, a venda e compra de cotas de emissão de gases do efeito estufa são feitas diretamente entre as empresas ou órgãos interessados.
O novo acordo prevê que a Bolsa de Valores seja um intermediário que facilite e regule o mercado. “Estamos dando mais um passo para construir um ambiente que, no médio prazo, propiciará padronização, transparência e liquidez aos participantes do mercado”, diz Marcelo Maziero, diretor executivo de produtos e clientes da BM&FBOVESPA.
Será uma forma de impulsionar o mercado de carbono, já em vigor em vários países como nos Estados Unidos, e sendo implementado no Rio de Janeiro na BVRio (Bolsa Verde do Rio de Janeiro). Santander e BM&FBovespa informaram que as negociações serão abertas a compradores brasileiros quanto a estrangeiros.
A criação do mercado de carbono brasileiro está prevista desde a aprovação da Política Nacional de Mudanças Climáticas, assinada pelo ex-presidente Lula, em 2009. Seria uma forma de alcançar a meta nacional de reduzir as emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020.