Conhecer a conduta e as responsabilidades da instituição em que colocamos, investimos ou pedimos dinheiro é tão importante quanto saber das taxas de juros, serviços e benefícios. É por isso que o Instituto de Defesa ao Consumidor (Idec) lançou uma nova edição do Guia dos Bancos Responsáveis (GBR). O objetivo da publicação é fornecer o máximo de informação possível para que os consumidores possam conhecer e escolher seus bancos de forma consciente.
O guia analisou e comparou os seis maiores bancos do País, que atenderam a um questionário de múltipla escolha, com possibilidade de respostas dissertativas e necessidade de comprovação das respostas. O documento foi dividido em três temas: a política em relação aos consumidores e aos seus trabalhadores e os critérios sociais e ambientais que utilizam para a concessão de financiamentos. Acesse no site os resultados nas três categorias e o ranking final. A ordem de colocação foi Banco do Brasil, Itaú, Caixa, Santander, Bradesco e HSBC.
Os resultados parciais não foram muito animadores. Em relação a como as instituições financeiras lidam com os clientes, metade foi classificada como “ruim”: Bradesco, CEF e HSBC. Apenas o Banco do Brasil foi avaliado como “bom”. Uma das avaliações negativas ficou por conta das taxas de juros cobradas no Brasil por alguns bancos internacionais. Nos seus países de origem, as taxas chegam a ser 10 vezes menores, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A pesquisa foi realizada com apoio da organização Oxfam Novib e a metodologia foi desenvolvida em parceria com entidades como Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Central Única dos Trabalhadores (Contraf-CUT), Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Instituto Observatório Social (IOS).