Parlamento europeu votará destino do mercado de carbono mundial
A salvação do mercado de carbono encontra-se nas mãos do Parlamento Europeu, que poderá votar em abril um pacote de reformas com a finalidade de puxar para cima os preços das licenças de emissão, que correm risco de virar pó. Não será fácil aprovar as medidas – a principal consiste no engavetamento, até 2019, de 900 milhões de licenças de emissão (cada licença representa 1 tonelada de CO2 equivalente). Respaldado pelo ferrenho lobby corporativo antirreforma, capitaneado pelo BusinessEurope, o bloco conservador somente será derrotado na votação se social-democratas e verdes conseguirem apoio da esquerda e de boa parte dos parlamentares liberais.
Em virtude da recessão no Velho Continente, os preços das licenças (allowances) despencaram para 4 a 5 euros – já chegaram a valer 30 euros antes da turbulência econômica. As licenças, ou permissões, são concedidas às empresas sem custo ou por meio de leilões. Se ultrapassar o limite máximo autorizado para suas emissões de CO2e, a empresa precisa comprar licenças de companhias que emitiram abaixo do teto permitido (com sobras de licenças).
O problema é que a desaceleração da atividade econômica diminuiu as emissões além do que era previsto em função das metas de corte assumidas pela União Europeia, resultando em uma sobra enorme de licenças no colo das empresas. A lei da oferta e da procura foi implacável com o mercado de carbono, que desabou e não consegue se reerguer.
Uma falência do Esquema de Comércio de Emissões da UE (EU-ETS) seria um desastroso revés para a transição rumo à economia verde. Também respingaria negativamente nos planos para o lançamento de mercados regulados de carbono na Austrália, Tailândia, Vietnã, China, Taiwan e México. O mercado de carbono da Europa é o maior do mundo, tendo movimentado 90 bilhões de euros em 2010.[:en]Parlamento europeu votará destino do mercado de carbono mundial
A salvação do mercado de carbono encontra-se nas mãos do Parlamento Europeu, que poderá votar em abril um pacote de reformas com a finalidade de puxar para cima os preços das licenças de emissão, que correm risco de virar pó. Não será fácil aprovar as medidas – a principal consiste no engavetamento, até 2019, de 900 milhões de licenças de emissão (cada licença representa 1 tonelada de CO2 equivalente). Respaldado pelo ferrenho lobby corporativo antirreforma, capitaneado pelo BusinessEurope, o bloco conservador somente será derrotado na votação se social-democratas e verdes conseguirem apoio da esquerda e de boa parte dos parlamentares liberais.
Em virtude da recessão no Velho Continente, os preços das licenças (allowances) despencaram para 4 a 5 euros – já chegaram a valer 30 euros antes da turbulência econômica. As licenças, ou permissões, são concedidas às empresas sem custo ou por meio de leilões. Se ultrapassar o limite máximo autorizado para suas emissões de CO2e, a empresa precisa comprar licenças de companhias que emitiram abaixo do teto permitido (com sobras de licenças).
O problema é que a desaceleração da atividade econômica diminuiu as emissões além do que era previsto em função das metas de corte assumidas pela União Europeia, resultando em uma sobra enorme de licenças no colo das empresas. A lei da oferta e da procura foi implacável com o mercado de carbono, que desabou e não consegue se reerguer.
Uma falência do Esquema de Comércio de Emissões da UE (EU-ETS) seria um desastroso revés para a transição rumo à economia verde. Também respingaria negativamente nos planos para o lançamento de mercados regulados de carbono na Austrália, Tailândia, Vietnã, China, Taiwan e México. O mercado de carbono da Europa é o maior do mundo, tendo movimentado 90 bilhões de euros em 2010.