Longe das vitrines que revelam os frequentes escândalos sobre o uso do trabalho escravo nas cadeias produtivas do setor têxtil brasileiro existe uma praça, em São Paulo, onde outra Bolívia existe e resiste.
Conhecida como Kantuta, fica no bairro do Pari o ponto de encontro dos bolivianos. Ali, eles se reúnem para passar o domingo entre familiares e amigos, reproduzindo os costumes de seu país. Há música, comida e comércio em uma atmosfera que chega a se confundir com ruas movimentadas de Cochabamba ou as intermitentes feiras de La Paz.
Diante da concentração e da força expressiva da cultura andina pelas ruas do bairro, qualquer paulistano desavisado se impressiona, sente-se estrangeiro. Convidado a explorar esse pedaço da cidade, o “estrangeiro” sagaz é capaz de reconhecer, além da beleza andina, a fragilidade da ilegalidade e a voracidade do mercado, em que a responsabilidade social corporativa é mais fashion do que fato.
(Fotos: André Ramos)
[:en]Longe das vitrines que revelam os frequentes escândalos sobre o uso do trabalho escravo nas cadeias produtivas do setor têxtil brasileiro existe uma praça, em São Paulo, onde outra Bolívia existe e resiste.
Conhecida como Kantuta, fica no bairro do Pari o ponto de encontro dos bolivianos. Ali, eles se reúnem para passar o domingo entre familiares e amigos, reproduzindo os costumes de seu país. Há música, comida e comércio em uma atmosfera que chega a se confundir com ruas movimentadas de Cochabamba ou as intermitentes feiras de La Paz.
Diante da concentração e da força expressiva da cultura andina pelas ruas do bairro, qualquer paulistano desavisado se impressiona, sente-se estrangeiro. Convidado a explorar esse pedaço da cidade, o “estrangeiro” sagaz é capaz de reconhecer, além da beleza andina, a fragilidade da ilegalidade e a voracidade do mercado, em que a responsabilidade social corporativa é mais fashion do que fato.
(Fotos: André Ramos)