Produção e uso de metais não param de crescer. Nos países desenvolvidos, a demanda é puxada pela maior participação de tecnologias modernas, como energia eólica e solar, que utilizam proporção de metais muito superior à empregada pelo aparato tecnológico associado aos combustíveis fósseis. As nações em desenvolvimento, por sua vez, aumentam espetacularmente o consumo de metais, em virtude de sua rápida industrialização.
Dois estudos publicados no fim de abril pelo Painel Internacional de Recursos (IRC, na sigla em inglês), em parceria com o programa ambiental da ONU (Pnuma), recomendam medidas para atenuar e prevenir o que poderá se tornar conhecida como a crise global dos metais. Entre outras, os especialistas defendem uma estabilização nos níveis atuais de consumo de metais, o aprimoramento das técnicas de recuperação desse material em equipamentos eletroeletrônicos e a mudança de perspectiva nas políticas de reciclagem – da ênfase em metas quantitativas para o enfoque nos diferentes metais presentes nos produtos, mesmo que em baixa concentração.
Segundo o IRC, a crescente complexidade dos produtos dificulta extrair e reusar metais valiosos. É o caso do telefone celular, que pode conter mais de 40 elementos químicos, inclusive metais comuns, como cobre e estanho e metais preciosos. Os estudos Environmental Risks and Challenges of Anthropogenic Metals Flows e Cycles e Metal Recycling: Opportunities, limits, infrastructure encontram-se disponíveis, respectivamente, nos links.