FSC, um dos principais sistemas de certificação florestal do mundo, acaba de lançar um mapeamento das atividades florestais brasileiras. O documento, intitulado Avaliação Nacional de Risco do Brasil, é inédito e traz revelações importantes. Além das ilegalidades detectadas – o que não chega a ser novidade –, o aspecto mais relevante é confiabilidade e atualidade dos registros sobre as atividades madeireiras em todo o País.
O levantamento, cujo objetivo imediato é servir de instrumento para redução dos riscos no fornecimento de madeira certificada, poderá ser aproveitado para o desenvolvimento de políticas públicas preventivas de pelo menos cinco grandes problemas: exploração ilegal de madeira; violação dos diretos humanos; exploração em áreas de alto valor de conservação; exploração de florestas para conversão em plantações; e cultivo de transgênicos.
Entre os resultados encontrados, há registros de desmatamento nas zonas de proteção e em Unidades de Conservação em todos os estados brasileiros. Somando-se todos os entes da federação, a taxa de desmatamento ultrapassa os 100 km2 por ano. Maranhão, Mato Grosso e Pará têm as maiores taxas.
O estudo mostra que os sistemas utilizados na gestão ambiental estadual, mesmo quando automatizados, não têm comunicação com sistemas externos como Monitoramento do Desmatamento do Bioma Brasileiro por Satélite (Ibama), Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) e Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes). Regiões na Amazônia Legal não foram capazes de comprovar a robustez dos seus sistemas de controle aplicados ao corte e ao transporte de madeira nativa. Outros distritos não conseguiram provar a não ocorrência de falhas no controle da distribuição e do abastecimento de madeira nativa ilegal.
Foram encontradas ainda evidências de risco de ocorrência de trabalho escravo nas atividades madeireiras ilegais em áreas de floresta de 11 estados. Indicações de trabalho infantil aparecem em dez estados e, repetidamente, em serrarias de madeira nativa. Houve ainda registros, em todos os macrodistritos, de conflitos envolvendo comunidades indígenas e tribais.[:en]
FSC, um dos principais sistemas de certificação florestal do mundo, acaba de lançar um mapeamento das atividades florestais brasileiras. O documento, intitulado Avaliação Nacional de Risco do Brasil, é inédito e traz revelações importantes. Além das ilegalidades detectadas – o que não chega a ser novidade –, o aspecto mais relevante é confiabilidade e atualidade dos registros sobre as atividades madeireiras em todo o País.
O levantamento, cujo objetivo imediato é servir de instrumento para redução dos riscos no fornecimento de madeira certificada, poderá ser aproveitado para o desenvolvimento de políticas públicas preventivas de pelo menos cinco grandes problemas: exploração ilegal de madeira; violação dos diretos humanos; exploração em áreas de alto valor de conservação; exploração de florestas para conversão em plantações; e cultivo de transgênicos.
Entre os resultados encontrados, há registros de desmatamento nas zonas de proteção e em Unidades de Conservação em todos os estados brasileiros. Somando-se todos os entes da federação, a taxa de desmatamento ultrapassa os 100 km2 por ano. Maranhão, Mato Grosso e Pará têm as maiores taxas.
O estudo mostra que os sistemas utilizados na gestão ambiental estadual, mesmo quando automatizados, não têm comunicação com sistemas externos como Monitoramento do Desmatamento do Bioma Brasileiro por Satélite (Ibama), Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) e Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes). Regiões na Amazônia Legal não foram capazes de comprovar a robustez dos seus sistemas de controle aplicados ao corte e ao transporte de madeira nativa. Outros distritos não conseguiram provar a não ocorrência de falhas no controle da distribuição e do abastecimento de madeira nativa ilegal.
Foram encontradas ainda evidências de risco de ocorrência de trabalho escravo nas atividades madeireiras ilegais em áreas de floresta de 11 estados. Indicações de trabalho infantil aparecem em dez estados e, repetidamente, em serrarias de madeira nativa. Houve ainda registros, em todos os macrodistritos, de conflitos envolvendo comunidades indígenas e tribais.