O governo britânico encomendou ao Met Office, agência climática do país, um mapa que revela os impactos decorrentes de um aumento da temperatura mundial em 4°C, e as suas consequências na natureza e em atividades humanas.
O internauta pode escolher os impactos que pretende analizar de cada vez. As seções compreendem consequências da temperatura em incêndios florestais, plantações, disponibilidade de água, aumento dos níveis dos mares, vida marinha, secas, geleiras permanentes, ciclones tropicais, temperaturas extremas e saúde.
O mapa foi criado a partir de cenários socioeconômicos desenvolvidos pelo Painel Intergovernamental em Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) e revela que o aumento da tempratura média em 4ºC não seria uniforme em todo o mundo. No Brasil, a temperatura aumentaria entre 5°C no litoral e 8°no interior do País, o que refletiria diretamente no risco de incêndios florestais que, além de mais frequentes, seriam mais difíceis de controlar.
O objetivo global, conforme recomendação do IPCC, é manter o nível de aquecimento em no máximo 2ºC, mas aqui e ali pipocam analistas que dizem ser essa uma missão quase impossível.
O Reino Unido é um dos países que mais se esmera em criar um senso de urgência. O ministro das relações exteriores, David Miliband foi categórico: “Não podemos lidar com um mundo de 4ºC”. E poucos dias atrás, o premier Gordon Brown afirmou que a Conferência do Clima em Copenhague (faltam 44 dias) “é a última chance para o mundo”.