Abril e maio foram meses dedicados a visitas de campo a diferentes empresas que se inscreveram no Ciclo 2 do projeto Inovação e Sustentabilidade nas Cadeias Globais de Valor (ICV Global), uma parceria entre GVces e ApexBrasil. O objetivo do projeto é apoiar micros e pequenas empresas a exportarem produtos e serviços com diferenciais de sustentabilidade.
Nesse breve relato, Ana Coelho, pesquisadora do projeto, destaca uma das empresas visitadas para dar um gostinho do que vem por aí neste segundo ano do ICV Global.
Localizada na fronteira agrícola entre os municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, no cerrado baiano, a empresa Biovida desenvolve há 15 anos a arte dos compostos baseada no conceito biodinâmico.
O empreendimento de origem familiar aproveita os rejeitos da piscicultura e outros cultivos da região, como palha de milho e algodão, para fabricar fertilizantes organominerais, orgânicos e biológicos. Semelhante à homeopatia, que desenvolve uma formulação específica para cada pessoa, as porcentagens de elementos presentes nos fertilizantes da Biovida variam conforme a necessidade de cada solo e de cada cultura.
O pequeno negócio também se destaca pelas suas práticas empresariais orientadas à sustentabilidade. A Reserva Legal da propriedade é irrigada com a água utilizada no processo produtivo, captada da chuva, e adubada com a compostagem dos resíduos orgânicos do refeitório, além do próprio fertilizante produzido na empresa. O mais recente investimento foi a instalação de painéis solares no teto das instalações da fábrica. A expectativa é que a energia gerada pelas placas fotovoltaicas reduza em até 90% a conta de energia.
Seus produtos possuem preços competitivos, de valores similares aos fertilizantes químicos convencionais. A empresa demonstrou rápido crescimento nos últimos dois anos, e está em processo de exportação para a Alemanha e de obtenção da certificação IBD. Conheça mais sobre a Biovida e seus produtos aqui.