Estar a caminho. O movimento é o princípio e o fim dos animais que vivem numa concha. Eles levam a casa neste nomadismo constante da sua natureza. A série de conchas de Bruno Bernardi brinda a tradição milenar espiritual do taoismo (o caminho, o caminhante e o ato de caminhar), mas não aparenta nada no plano racional. São sequências de conchas desprovidas de rosto, psicologia ou metáfora. A concha pura e simples e perfeita em sua existência natural só pode virar algo na intuição do olhar inconsciente de cada um. Mas não haverá resposta. A única coisa que o caminho pode lhe oferecer é ele próprio. A concha pode fazer ouvir o mar.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE