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Embora a construção de edifícios altos com grande densidade populacional contribua para a sustentabilidade ao otimizar o uso do solo, reduzir deslocamentos, incentivar construções eficientes e reduzir emissões, pode também comprometer o bem-estar urbano, ao gerar ilhas de calor, reduzir áreas úmidas e alterar o regime de ventos. Para que uma cidade compacta seja de fato sustentável, é preciso combinar densidade urbana com estratégias de adaptação e mitigação do clima, como corredores verdes, arborização, estudos de insolação e de ventilação urbana.

Muitas vezes vista apenas como um processo ambiental, a regeneração não vive isolada do mundo político, econômico e social. Talvez a maior consequência não planejada das ações de Trump tenha sido lançar ainda mais luz sobre as potências emergentes do Sul Global, onde o Brasil terá a oportunidade de mostrar, especialmente durante a COP 30, o que entende por regeneração e como vai se proteger de investidas como o PL da Devastação.

A escolha do pesquisador amapaense José Carlos Tavares por uma das mais tradicionais instituições científicas europeias, fundada em 1737, rompe com a lógica histórica que centraliza o saber nos grandes eixos urbanos do Sul-Sudeste brasileiro e da Europa. Sua nomeação como membro da Real Academia de Farmácia da Espanha ocorre hoje.

Embora a inteligência de dados já esteja amplamente disponível no Brasil, sua adoção plena no setor ambiental requer investimentos e estratégias. No contexto em diferentes atores da sociedade nem sempre caminham na mesma direção ou no mesmo ritmo, o engajamento dos tomadores de decisão torna-se ainda mais efetivo quando apoiado por ferramentas baseadas em dados, proporcionando segurança jurídica, traduzindo responsabilidades e garantindo benefícios concretos aos territórios.

O Brasil foi eficiente ao incluir a pauta da bioeconomia durante sua presidência no G20. Sediar a COP 30 dará uma nova oportunidade para o País reforçar essa estratégia. Mas isso requer um esforço coordenado entre governos e sociedade, a fim de apresentar soluções estruturais para os desafios da região e do mundo.

O comércio de emissões no Brasil já é uma realidade e representa uma estratégia custo-efetiva para setores altamente emissores. Além disso, os setores teriam um ganho na “competitividade climática”, considerando a tendência internacional de taxas de ajuste de carbono na fronteira. A implementação efetiva do mercado terá cinco fases e a estimativa é que entre em operação plena por volta de 2030

Este artigo é o primeiro de uma série voltada a debater os desafios da agenda climática sob um novo contexto político e geopolítico. O mundo que recepcionou a COP 21, em Paris, já não existe mais. Dois pilares alicerçam hoje a agenda climática: a demanda por um novo sistema global de energia e os limites da natureza. Não há recursos naturais e serviços ambientais suficientes para fazer frente às necessidades de 10 bilhões de pessoas, se não ocorrerem mudanças drásticas e justas nos processos de desenvolvimento e de conservação.