Autor: Amália Safatle

Por Amália Safatle De onde partirá uma orquestração que aponte caminhos para as questões globais? Instituições criadas no pós-guerra não parecem tão eficazes em gerir as crises, enquanto florescem mecanismos supranacionais alternativos – as chamadas round tables – que aglutinam representantes dos mais divergentes grupos de interesse da sociedade e mostram como o diálogo, ainda que conflituoso, gera soluções criativas, inovadoras e de maior legitimidade. As mesas-redondas já são realidade nas economias florestal e agrícola e, para Roberto Waack, presidente do Conselho Internacional do Forest Stewardship Council (FSC) e do Conselho Consultivo do Instituto para o Agronegócio Responsável (Ares), representam…

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Com o Fundo Amazônia, o Brasil espera obter recursos para reduzir as emissões do desmatamento em grande escala. Sem gerar créditos de carbono, o mecanismo evita que outros países usem o esforço nacional para continuar emitindo, diz o diretor do Serviço Florestal, Tasso Azevedo. Por Amália Safatle e Carolina Derivi O governo anunciou a criação de um fundo para reduzir as emissões do desmatamento.  Como vai funcionar? A idéia é criar um mecanismo com o qual se possa transformar a redução que já houve no desmatamento em incentivo para continuar.  É diferente de todas as outras iniciativas nessa área no…

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Por Amália Safatle e Carolina Derivi Na assessoria de comunicação do Ministério do Meio Ambiente, a fila não pára. Em meio ao assédio da imprensa, Carlos Minc Baumfeld, 57 anos, mostra-se um ativo comunicador e formulador de frases de efeito, o que até lhe rendeu o apelido de Carlos Mídia. E deverá usar da força da comunicação para tirar a pasta do isolamento. O “ecoansioso” ministro, como se intitula, aposta na experiência de negociador acumulada no Parlamento para trocar “nãos” por “sins” e avançar na agenda socioambiental, em um governo predominantemente desenvolvimentista. Mas sem barganha, no sentido pejorativo da palavra…

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A comunicação já foi muito usada para dominar e manter estruturas de poder. Um processo nascente de descentralização na forma de produzi-la e difundi-la lança luzes para transformar a sociedade Por Amália Safatle Do alto de seus 6 bilhões e 600 milhões de pessoas, a Terra anda congestionada. Até o mundo virtual parece emitir sinais de esgotamento. Há pouco, um alto executivo da AT&T engrossou os alertas sobre o colapso da internet até 2010, quando deverá atingir sua capacidade máxima, caso não sejam feitos investimentos bilionários em expansão. A razão, um volume progressivo de downloads, uploads e que tais. Falso…

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Por Amália Safatle Ao sediar os jogos em 2014, o Brasil tem menos de seis anos para mostrar ao mundo reformas nos campos social, político, ambiental e de infra-estrutura. Os treinos mal começaram O bonequinho de braços e pernas longas que figura no cartaz das Olimpíadas de Pequim, como um ideograma vivo, ganha uma versão menos simpática. É espancado por outro boneco em uma peça publicitária da Anistia Internacional, que denuncia a falta de liberdade de expressão, em meio a tantas outras privações e políticas autoritárias pelas quais a China se torna cada vez mais conhecida e reconhecida no exterior.…

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Atuar na educação do público, em vez de trabalhar com o banal e o vulgar, é o objetivo que deveria nortear a mídia e a publicidade, defende o diretor do Sesc-SP  Por Amália Safatle Somente o avanço na educação básica e a aplicação da ética na divulgação da informação e das manifestações artísticas tornarão efetiva a comunicação no Brasil, fazendo dela um instrumento para a sustentabilidade. Essa é a visão de Danilo Santos de Miranda, que desde 1984 dirige uma das mais atuantes e reconhecidas instituições culturais no Brasil, o Serviço Social do Comércio (Sesc) em São Paulo – entidade…

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Representante dos produtores de açúcar e álcool, Marcos Jank está no olho do furacão do debate sobre a influência dos biocombustíveis no encarecimento mundial de alimentos. No dia em que recebeu PÁGINA 22 na sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), da qual é presidente, eram anunciadas duas grandes operações no setor, que projeta para 2008/2009 a maior safra de todos os tempos. Suas declarações evidenciam o jogo de forças entre pesos pesados da economia e a disputa para abocanhar as maiores fatias. A seu ver, o bombardeio à agroenergia parte de lobbies contrários, como o dos combustíveis fósseis,…

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Com largo histórico no ramo da agroindústria, o empresário Luiz Fernando Furlan hoje se diz um defensor da Amazônia. Questionado sobre outros biomas, como o Cerrado, é menos enfático, ao mesmo tempo que reconhece a ameaça dos biocombustíveis à região. Ainda assim afirma ter abraçado a causa da sustentabilidade – posição que a seu ver não poderia tomar enquanto ocupou o posto de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – de 2003 a 2007 – e precisou lutar contra o que chama de empecilhos ao crescimento. Anunciado originalmente como presidente da Fundação Amazonas Sustentável, está à frente do conselho…

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“De qualquer pano de mato, de de-entre quase cada encostar de duas folhas, saíam em giro as todas as cores de borboletas. Como não se viu, aqui se vê. Porque, nos gerais, a mesma raça de borboletas, que em outras partes é trivial regular – cá cresce, vira muito maior, e com mais brilho, se sabe; acho que é do seco do ar, do limpo, desta luz enorme.” João Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas Por Amália Safatle – Fotos Bruno Bernardi Ressequido, mas berço das principais bacias hidrográficas brasileiras. Dono de vegetação adaptada aos incêndios naturais, é a terra do…

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Por Amália Safatle O governo federal pode, mas não quer salvar a Amazônia. Ou, melhor, até gostaria de protegê-la, desde que o custo político interno fosse indolor. Essa é a explicação para a falta de uma ação efetiva contra o desmatamento, na visão do embaixador Rubens Ricupero, diretor da Faculdade de Economia da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Para o ex-ministro da Fazenda e da Amazônia, o Brasil revive, com a devastação, os idos de 1827 a 1850, quando enganava os ingleses para continuar traficando escravos. Até que a pressão internacional ficou insuportável, e o País cedeu – o que…

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