Autor: P22

Não existe inovação sem pesquisa, mas até que ponto é necessário envolver animais? A evolução está em aprimorar métodos que os substituam ou minimizem sua dor O assunto é um tabu, da indústria à academia. Animais deveriam ser usados em pesquisas científicas e testes em laboratório? Entidades de defesa dos animais clamam por uma abolição dessa modalidade de uso. Por outro lado, pesquisadores argumentam ainda não s­er possível abolir animais da experimentação científica [1]. A maioria das substâncias que compõem os produtos do dia a dia, de fármacos a tintas que revestem celulares, precisou ser testada para garantir a segurança toxicológica.…

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Para o primatologista Robert Sapolsky, não somos diferentes de outras espécies animais por conta de genes, células ou a química cerebral, mas porque cremos na realização daquilo que não parece possível Estamos acostumados a pensar na humanidade como algo cada vez mais distante do “reino animal”. Falamos sobre “a natureza” como se não fizéssemos parte dela. A palavra-chave para entender essa sensação de não pertencimento é “cultura”. Nós nos destacamos por nosso modo de vida cultural especializado, fincado na transmissão de informações de geração a geração, pela vivência e pelo uso da linguagem. “Costumamos nos orgulhar dessa capacidade que nos…

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Iniciativas para substituir a carne ou produzi-la em laboratório buscam driblar os impactos ambientais e éticos da pecuária, mas ainda esbarram em custos altos e sabor questionável Um produto vegetariano que imite perfeitamente carne ou frango é o Santo Graal da indústria de alimentos. há décadas, o setor brinca de alquimista, combinando soja e milho a ingredientes insólitos, como proteína de fungos e extrato de algas, na tentativa de sintetizar um alimento com o sabor, a textura e as características nutritivas da proteína animal, mas sem as desvantagens ambientais e éticas da pecuária. Muitos tentaram, mas ninguém chegou lá. Nos…

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Para alcançá-la, a chave está na integração entre segurança alimentar e segurança energética, os dois pilares fundamentais das estratégias de desenvolvimento Em boa hora, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) lançou um estudo inovador [1] sobre a agricultura climaticamente inteligente, dando assim mais um passo na integração de critérios ambientais, sociais e econômicos aos quais as estratégias de desenvolvimento de longo prazo devem obedecer. [1] Climate-Smart Agriculture – Sourcebook, FAO 2013. Veja também Anne Bogdanski, Integrated food-energy systems for climate-smart agriculture, FAO 2012 (acesse aqui) Segundo a FAO, os três pilares de uma agricultura…

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Com a redução do desmatamento, o setor agropecuário tornou-se o vilão das emissões de gases-estufa no País. Mas soluções simples poderiam reforçar seu papel como sumidouro de carbono  O Brasil está com a faca e o queijo na mão para cumprir suas metas de redução das emissões de gases-estufa no setor agropecuário, e até suplantá-las. Bons instrumentos estão postos e há tanta ineficiência no manejo das pastagens de bovinos que retirar 166 milhões de toneladas de CO₂ equivalente (eq) da atmosfera ate 2020 [1] não é dos mais difíceis desafios. Com a redução significativa do desmatamento da Floresta Amazônica na…

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Uma grande hidrelétrica pode contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa e ao mesmo tempo atender a salvaguardas socioambientais? A pergunta tem fomentado um debate infindável no Brasil, opondo ambientalistas e o setor privado. Jamie Skinner, principal pesquisador do International Institute for Environment and Development (IIED), de Londres, e Lawrence Haas, consultor em avaliação de riscos socioambientais de hidrelétricas, respondem positivamente à questão no livro Watered Down? A review of social and environmental safeguards for large dam projects, publicado no início de maio. Segundo Skinner, existem ferramentas e tecnologias para o desenvolvimento de hidrelétricas mais sustentáveis,…

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Milhões de pessoas deixam para trás suas cidades, devastadas pelos efeitos do aquecimento global. Enfrentam o aumento do nível do mar, escassez de alimentos e de combustível. Esses migrantes são chamados “refugiados climáticos” e rumam para as regiões mais frias da Terra, como o Alasca. O ano é 2075. A situação acima é o cenário do romance Polar City Red (sem tradução para o português), do americano Jim Laughter. Desde sua primeira edição, em 2012, o livro tem ganhado repercussão ao mesmo tempo em que cresce o destaque de um novo gênero de produção artística: a ficção climática – ou…

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A Agência Nacional de Petróleo (ANP) publicou em abril as regras que devem guiar a exploração de gás natural pelo método de fracking (fraturamento hidráulico de rochas subterrâneas). A regulação era aguardada com ansiedade por ativistas ambientais, que temem as consequências negativas da atividade no Brasil. Nos Estados Unidos, onde a técnica se difundiu rapidamente na última década, entidades de proteção ao meio ambiente denunciam a contaminação de corpos hídricos por gases e compostos químicos residuais da exploração de gás shale (folhelho). Em entrevista ao site especializado OilPro, o superintendente adjunto de Segurança Operacional e Meio Ambiente da ANP, Hugo…

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O Grupo Boticário fez a primeira compra de créditos de logística reversa do sistema operado pela Bolsa Verde do Rio de Janeiro, a BVRio. Pelo sistema, cooperativas recebem pagamentos pelos serviços ambientais prestados pelo recolhimento, triagem e venda de cada tonelada de material reciclável. O volume negociado deve chegar a 1,2 mil toneladas, segundo a empresa. A iniciativa foi desenvolvida em parceria com o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) para facilitar as operações entre cooperativas e empresas. A responsabilidade compartilhada pela logística reversa é um dos princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determina também a…

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Olha isso! Imagine um animal que realiza rituais fúnebres, chorando a morte de um parente próximo; reconhece-se no espelho; brinca e entretém seus colegas; automedica-se; imita sons e gestos; identifica melodias e toca instrumentos musicais; tem habilidade no uso de ferramentas etc. Falo dos elefantes, claro. Entre os elementos comuns às grandes religiões monoteístas nascidas no Oriente Médio, está a noção de excepcionalidade da espécie humana diante das demais. Para o especialista em primatologia e etologia da Universidade Emory (EUA) Frans de Waal, o equívoco é compreensível: rodeados de camelos, cobras e escorpiões, as antigas tribos nômades deviam mesmo se…

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