Cada país dispõe de um arsenal de argumentos para defender seus interesses domésticos. Heroísmo mesmo será saber equilibrar o local e o global em prol de um acordo ambicioso.
Autor: P22
A um mês de Copenhague, País ainda expõe contradições e desarticulação entre as áreas do governo Veja glossário aqui O caminho da delegação brasileira rumo à COP 15 é cheio de curvas perigosas, em que impasses técnicos e políticos precisam de soluções urgentes. A ausência de uma posição brasileira clara às vésperas do encontro expõe contradições e desarticulação entre áreas de governo. Com isso, o Brasil vive uma situação paradoxal: possui relativo conforto no âmbito internacional – pois conquistou respeito e certo protagonismo desde a aprovação, na Rio-92, da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima -, ao…
Em 2009, não é só o prazo climático para agir que vai se esgotando. A necessidade de uma nova distribuição de papéis entre as nações torna a COP 15 decisiva Veja glossário aqui Ninguém sabe dizer ao certo que bicho mordeu os líderes do mundo naquele 1992. Talvez a maior reunião de chefes de Estado na história da humanidade – 117 no total – fosse suntuosa demais para passar em brancas nuvens. Talvez a primeira reunião das Nações Unidas com participação da sociedade civil, que atraiu mais de 20 mil ativistas ao Rio de Janeiro, tivesse criado um clima de…
Saiba quais serão os mais importantes pontos em discussão na Conferência Esta é a última reportagem da série especial sobre mudanças climáticas publicada desde julho, em preparação à COP 15 Veja glossário aqui Por José Alberto Gonçalves Pereira 1– METAS DO ANEXO 1 Na primeira fase do Protocolo de Kyoto (2008 a 2012), os países do Anexo 1 da Convenção do Clima que ratificaram o tratado precisam diminuir suas emissões em 5,2%, em média, em relação aos níveis de 1990. Para o segundo período de compromissos, entre 2013 e 2020, o desafio é bem maior: de acordo com relatório de…
A mudança climática não é algo que será solucionado, mas sim uma ideia que pode ser usada para alcançar objetivos ambientais e sociais, afirma o geógrafo britânico Mike Hulme. Isso depende, porém, de abandonarmos a noção de que precisamos de um acordo global negociado por Estados nacionais com metas de longo prazo – como o que se perseguirá em Copenhague no mês que vem. Hulme vê Copenhague como uma distração e as metas de longo prazo para redução de emissões como convenientes politicamente. Autor do livro Why We Disagree About Climate Change, ele destaca que é impossível satisfazer todas…
Ela é a mascote da delegação brasileira nas cúpulas sobre o clima. Aos 24 anos, circula entre diplomatas preparados para negociar acordos estratégicos e assumiu como missão investigar e divulgar o que acontece nos encontros mundo afora Quando pensamos em escrever o seu perfil, Juliana Aziz Miriani Russar estava em Bangcoc, na Tailândia, em mais uma das rodadas de negociações que antecedem a COP 15, em dezembro, na cidade de Copenhague. Não foi difícil seguir seus passos e receber dela uma resposta positiva ao nosso convite. Como uma das trackers (seguidoras) do projeto Adote um Negociador, ela está conectada…
Ainda que nenhuma decisão efetiva saia da conferência da ONU, uma série de iniciativas voluntárias promete minimizar o drama climático Glossário Imagine que Copenhague seja um fracasso total. Sem metas de redução de emissões, com países desenvolvidos e em desenvolvimento em franco desentendimento e nenhum dinheiro para a adaptação às mudanças climáticas. Ninguém tem bola de cristal, mas, se isso ocorrer, não é difícil supor que muita gente acordará preocupada no dia 19 de dezembro de 2009, quando estará terminada a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. O mundo certamente vai parecer mais sombrio. Afinal, organizações não governamentais,…
Depois de um mês destrinchando a COP 15 e a geopolítica do clima para edição de novembro, tivemos algumas surpresas. Uma delas é que não imaginávamos o quanto as florestas são fundamentais para a nova legislação americana de emissões, ainda a ser aprovada. O cap-and-trade dos EUA custará anualmente US$ 5 bilhões em investimentos públicos e US$ 9 bilhões em investimentos privados. Sem a participação de créditos gerados por desmatamento evitado, notadamente nos países em desenvolvimento, as reduções domésticas comparáveis custariam ao país mais de 50 bilhões de dólares até 2020. Cap-and-trade “for dummies”: Refere-se a um instrumento econômico pelo qual quem…
Consulte o significado de siglas e termos citados ao longo desta edição. Anexo 1 – Países industrializados, mais Rússia e alguns do Leste Europeu. Esses países concordaram em reduzir suas emissões de gases causadores de efeito estufa a níveis abaixo das emissões de 1990. Anexo B – Em sua maior parte, é composto pelos países listados no Anexo I da UNFCCC (Convenção Quadro), com metas de redução para o primeiro período de compromisso do Protocolo de Kyoto. Anexo 1 – Países industrializados, mais Rússia e alguns do Leste Europeu. Esses países concordaram em reduzir suas emissões de gases causadores de…
Haverá forte resistência a uma nova régua para a contabilidade das nações. Mas, com o tempo, essas ideias influenciarão instâncias da ONU, FMI, Bird, OCDE e União Europeia Finalmente surgiu uma trinca de diretrizes para a busca de um esquema consensual de mensuração do desenvolvimento sustentável. Ela está no Report by the Commission on the Measurement of Economic Performance and Social Progress[Acesse em www.stiglitz-sen-fitoussi.fr], disponível desde o final de setembro: um indicador físico da contribuição nacional para a insustentabilidade global; um índice de qualidade de vida muito mais sofisticado que o IDH; e uma medição do desempenho econômico que revele…