Autor: P22

A seca devastadora que afeta o Brasil pode ter a consequência inesperada de, finalmente, fazer um dos países mais ensolarados do mundo levar a energia solar a sério. A combinação de uma crise energética iminente provocada pelos níveis baixos dos reservatórios com a nomeação de um ministro de energia com mente mais aberta promete uma rápida mudança na situação. A seca, que produziu a crise no abastecimento de água, tem baixado dramaticamente os níveis dos reservatórios que abastecem dezenas de usinas hidrelétricas nas regiões Sudeste e Centro-oeste do Brasil, área mais populosa e importante para a economia do País. Como…

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Fruto da parceria entre o Centro de Estudos em Administração Púbica e Governo (CEAPG) da Fundação Getulio Vargas (FGV) e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), a recém-lançada cartilha Fortalecendo a gestão municipal – mecanismos financeiros e visibilização de boas práticas – tem a intenção de desatar o nó em relação ao acesso dos municípios aos fundos públicos federais para projetos ambientais. “O objetivo é tornar esse caminho mais claro e didático”, diz Fernando Burgos, professor de administração pública da FGV e coordenador do CEAPG. E os entraves não são poucos. Eles passam pela ausência de equipe técnica…

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Muitos especialistas acreditam estar surgindo – ou já ter surgido – um novo ramo jurídico que atua como ferramenta de uma governança global, o Direito Internacional do Desenvolvimento Sustentável As leis de cada país e os tratados internacionais invocam cada vez mais os princípios de sustentabilidade, responsabilidade social e ambiental. Ao longo das últimas décadas, o imperativo do desenvolvimento sustentável se fortaleceu tanto que muitos juristas acreditam estar surgindo – ou já ter surgido – um novo ramo jurídico: o Direito Internacional do Desenvolvimento Sustentável. Porém, como a maior parte das legislações globais, esse novo ramo enfrenta desafios que vão…

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O ano de 2015 tem sido desafiador também para a agenda global da sustentabilidade. Os próximos meses são de preparação para uma das mais decisivas Conferências das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, a COP 21, a realizar-se em dezembro.  Além disso, o ano marca um novo período que deverá endereçar novas e ambiciosas metas, os ODS, ou Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que constituem a chamada agenda pós-2015. As questões relativas a água, clima, mobilidade, bem-estar, justiça social, entre tantas outras, indicam que estamos perdendo batalhas e precisamos ganhar velocidade e eficiência na busca de soluções. As tomadas de…

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A sensação é de que já estamos no segundo tempo e a sustentabilidade vai perdendo o jogo para mudar os rumos do desenvolvimento global. Mas os vários players da governança seguem em campo Está faltando alguma coisa para o mundo começar a girar mais suavemente e a uma distância segura do abismo. Vai fazer meio século [1] que os princípios para um desenvolvimento sustentável vêm sendo exaustivamente debatidos e divulgados, mas o termômetro que mede a temperatura do planeta segue subindo. Todos parecem concordar com tudo, mas poucos arriscam uma caminhada fora da caixa. Enquanto isso, o tempo vai passando…

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Antes, bastava ao governo priorizar os interesses da nação. Mas as questões globais, que incluem o bem comum a todos os povos, tornaram a equação multilateral muito mais complexa Por princípio, governos tradicionalmente determinam prioridades e defendem os interesses da nação. Pelo menos era assim antes da globalização da economia, no tempo em que ainda se ignorava que os recursos naturais se aproximariam tão rapidamente do fim e que o aumento das temperaturas poria em risco a vida no planeta. Hoje, além das novas agendas decorrentes dos processos da globalização, a inclusão do tema sustentabilidade nas políticas de governo tornou…

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Muitos dos tratados internacionais em matéria de meio ambiente devem sua existência à personalidade aguerrida das ONGs. Mas elas também fazem uma autocrítica Desde a década de 1970, braços dados com a academia científica, as organizações não governamentais têm influenciado as agendas globais a gerar soluções transnacionais de sustentabilidade. “São as ONGs que sempre transformaram o conteúdo científico produzido nas academias em advocacy [militância]”, testemunha a diretora-executiva do World Resources Institute (WRI), Rachel Biderman. Entretanto, ela ressalva: “Não sei se o Terceiro Setor chegou ao limite de um modelo, mas sinto como se o planeta estivesse surdo e não quisesse…

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Na falta de uma instância internacional que dite as regras, o setor empresarial move-se de acordo com as forças de mercado e pressões da sociedade A  governança tradicional não dá conta de resolver os desafios que a globalização coloca”, sintetiza o jornalista Caco de Paula. Desde o começo do ano, ele está à frente da rede brasileira do Pacto Global, organização criada no ano 2000 pelo então secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, para estimular a comunidade empresarial a se comprometer com um conjunto de princípios  [1] relacionados aos direitos humanos, trabalhistas e meio ambiente. Assuntos que, naquela época, eram…

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Certificações, bolsas e relatórios surgem no vácuo da governança formal, de maneira independente e voluntária Simplificando – e muito – o argumento de Eduardo Felipe Matias (leia Entrevista “Tudo ao mesmo tempo agora”), o dilema que enfrentamos é o de como criar os incentivos certos para colocar em movimento um círculo virtuoso que nos leve rumo a um desenvolvimento mais sustentável. É justamente sobre esse ponto que uma série atores vem atuando com diferentes estratégias e resultados. Entre eles, estão grandes sistemas de certificação, bolsas de valores e de relatoria para a sustentabilidade que, embora não estejam diretamente na linha…

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Diferente dos anos 1990, marcados por movimentos contrários à globalização, existe hoje um novo tipo de ativismo social que aponta para uma identidade cidadã global Na era da tecnologia da informação, a voz de cidadãos do mundo inteiro ecoa no ciberespaço, o que amplifica o debate de ideias e abre novos canais de manifestação democrática. Nesse ambiente, intrínseco a um cenário em plena transição, porém, há quem questione a representatividade de muitos interlocutores. “A tendência inexorável é que a representatividade seja ampliada e aprimorada, mas, neste momento, ainda é difícil prever como será”, comenta o cientista político Sérgio Abranches. O…

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