O atual processo de transformação digital tem permitido o desenvolvimento de plataformas que resolvem problemas de logística e fluxo entre a floresta e as indústrias, mas ainda há lacunas no financiamento. A boa notícia é que a ONU estima investimento anual da ordem de US$ 1,6 trilhão a US$ 3,8 trilhões até 2050 na transição para o baixo carbono, o que deverá gerar grandes oportunidades de negócios ao setor privado Ilustração: Kambô Quando o assunto é bioeconomia amazônica, a necessidade de inovar vai além de tecnologias e conhecimento científico para viabilizar produtos baseados na natureza. Sair da caixinha é um…
Autor: Sergio Adeodato
O grande desafio é buscar a integração entre as diferentes escalas de bioeconomia – a tradicional, a florestal e a de commodities, na visão de debatedores que abriram o Fórum de Inovação em Investimentos na Bioeconomia Amazônica (F2iBAM) Conservação da floresta, desenvolvimento capaz de reduzir desigualdades sociais, ciência e tecnologia com formação de profissionais na região e diversidade de gênero, geracional e étnica são os princípios básicos que devem direcionar os rumos da bioeconomia na Amazônia. O panorama foi apresentado nesta segunda-feira, dia 14, pela economista Tatiana Schor, secretária executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Amazonas, na…
Em um mundo que necessita reduzir riscos de novas pandemias, é preciso aumentar, recuperar e manter habitats naturais. Ao mesmo tempo, a restauração florestal transforma-se em vetor de desenvolvimento, com inclusão social e ganhos ambientais. A restauração de áreas degradadas abre frentes para a retomada da economia. A seguir, conheça algumas iniciativas, nesta terceira reportagem da série em parceria com a TNC De um lado uma empresa de limpeza urbana, a Ecourbis, precisa expandir um aterro sanitário da Zona Leste de São Paulo para dar conta do lixo da capital, desmatando o entorno, com obrigação de compensar o impacto por…
[Imagem: tela do artista Moacir Cardoso retrata o cotidiano no manguezal] Ao restaurar áreas degradadas, projeto resgata identidade cultural na maior faixa contínua de manguezais do mundo “É só uma cabeça equilibrada em cima do corpo/ Escutando o som das vitrolas, que vem dos mocambos/ Entulhados à beira do Capibaribe, na quarta pior cidade do mundo/ Recife, cidade do mangue, incrustada na lama dos manguezais/ Onde estão os homens-caranguejos/ Minha corda costuma sair de andada, no meio da rua, em cima das pontes/ É só uma cabeça equilibrada em cima do corpo/ Procurando antenar boas vibrações/ Preocupando antenar boa diversão”…
Restaurados com apoio do conhecimento tradicional e da ciência, manguezais amazônicos vão revelar o potencial de contribuir para a mitigação climática. O objetivo é do projeto Mangues da Amazônia. Além de estocar carbono, esses ecossistemas funcionam como berço da biodiversidade marinha e protegem contra o avanço do nível do mar e desastres ambientais costeiros É comum apontar a Amazônia como uma terra de superlativos. Tudo é grande: as distâncias do território, o tamanho dos rios, a altura das árvores e a extensão da floresta, a maior nas zonas tropicais do planeta. É grande, também, a diversidade. Ao contrário do que…
A agenda da água puxa o aumento da escala da restauração florestal, reforçada pela urgência da mitigação climática. Iniciativas pioneiras, como a de Extrema (MG), são replicadas com apoio de políticas públicas e capital privado Quando comprou a terra em busca de uma vida mais tranquila longe da capital, na década de 1980, o funcionário público paulistano Rubens Carbone olhava para a destruição ao redor e já previa a necessidade de recuperar a beira do rio desmatada para pastagem, em Extrema (MG). O que ele não sabia era que, quatro décadas depois, substituiria vacas por árvores em troca de dinheiro.…
O slogan da ação realizada neste fim de semana, em Manaus, viralizou na internet como um imperativo na luta contra a Covid-19, muito além da urgência na saúde e economia. Descortinada pelo vírus que colocou a maior metrópole da Amazônia no epicentro de uma crise longe do fim, a desigualdade de gênero é um dos principais desafios que precisam ser tratados por quem pensa com seriedade sobre o futuro da floresta. Com a distribuição de kits de higiene pessoal, cestas básicas e lanche para mulheres em situação de vulnerabilidade social, o grupo Solidariedade – formado por voluntários mobilizados em redes…
Esforço global das Nações Unidas une agendas da biodiversidade e clima para impulsionar investimentos na reposição da floresta perdida. Na plataforma Restaura Brasil, liderada pela TNC, a meta é recuperar 1 bilhão de árvores até 2030 No ano em que o mundo se volta à corrida da vacinação para livrar-se da Covid-19 e retomar o desenvolvimento, é dada a largada para um outro esforço global com impacto na saúde, qualidade de vida e renda. Na Década da Restauração de Ecossistemas, declarada pela ONU como estratégia de mobilizar lideranças para conserto dos estragos aos ambientais naturais do planeta, reconstruir florestas com…
Debatido na sexta plenária da iniciativa Uma Concertação pela Amazônia, o significado de bioeconomia é chave para delimitar políticas públicas e investimentos empresariais na região O conceito de bioeconomia reúne diferentes visões e narrativas, cujos níveis de complexidade e abrangência influenciam prioridades de investimentos e políticas que possam efetivamente gerar negócios e promover o desenvolvimento sustentável, em consonância com as realidades locais. O tema, estratégico para o futuro da maior floresta tropical do mundo, foi o centro das atenções nos debates da sexta plenária de Uma Concertação pela Amazônia. O encontro, em 16 de novembro de 2020, reuniu representantes de…
Fonte solar avança em comunidades remotas. É o resultado da organização social para melhoria da produção e qualidade de vida, com diferencial no enfrentamento da pandemia O gerador a diesel ou gasolina é figurinha carimbada em comunidades remotas da Amazônia. Ao lado da escola, igreja, armazém, centro comunitário e sagrado campinho de futebol, o equipamento posa como serviço essencial, mantido a duras penas para levar um mínimo de energia elétrica às casas, normalmente das 18h às 21h. Dá para ligar a bomba de puxar água, assistir à TV, carregar baterias de celulares, acender lâmpadas para ler ou estudar e até…