Por Amália Safatle [Esta entrevista com Eduardo Navarro aborda as línguas faladas pelos povos colonizados no Brasil. Leia aqui a…
Browsing: Entrevista
[Esta entrevista com Antônio Carlos Sartini mostra como a língua do colonizador português se firmou no Brasil. Leia aqui a…
Por Amália Safatle O Brasil não precisa acabar com as saúvas. E nem deve. Prova disso está nas fazendas da…
Por Fernanda Macedo e Magali Cabral. Foto: Bruno Bernardi Durante a reunião de pauta desta edição, alguém sugeriu convidar para…
Formada em Administração de Empresas na FGV, trabalhou na ONG Artemisia e no Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV-Eaesp…
Para a Pergunta, as pessoas acham que já têm respostas suficientes, são cheias de certezas, não admitem a dúvida, a…
O secretario municipal de Cultura de São Paulo, resgata a história da cidade que foi atropelada pelos carros e por…
Os empresários brasileiros precisam começar a entender o mindset chinês, diz o professor do Insper Roberto Dumas, para quem o…
Amâncio Friaça convida a olhar para o céu. A dimensão infinita serve para colocar em perspectiva as questões práticas e…
Na bela casa ajardinada do bairro paulistano do Pacaembu, onde Antonio Delfim Netto trabalha, a passarinhada não dá trégua. Ao transcrever esta entrevista, é possível ouvir a cantoria ao fundo, no gravador, a cada vez que a voz do professor se amansa. A temática ambiental acalorou esta conversa algumas vezes, motivada por uma inspiração quase esquecida: Nicholas Georgescu-Roegen (1906-1994), o matemático e economista romeno considerado pai da Economia Ecológica, homenageado recentemente na FEA-USP, com a participação de Delfim. Na ocasião, foi lançada a versão brasileira do livro O Decrescimento – Entropia – Ecologia – Economia (Ed. Senac), com prefácio do professor José Eli da Veiga.
Contemporâneo de Delfim Netto em uma passagem pela FEA, Georgescu lançou a ideia de que a economia depende da capacidade de recarga da natureza e dos limites ecológicos. Portanto, não poderia ser distanciada das Ciências Naturais e muito menos estaria imune à Segunda Lei da Termodinâmica, que trata da entropia.
Delfim, que nesta entrevista considera um erro crasso interpretar que Georgescu rebateu o crescimento econômico, acredita na contínua capacidade do homem de adaptar aos desafios ambientais criando tecnologias que empurrem para mais longe as dificuldades. Até a entropia mostrar que, por maiores que sejam os truques, o mundo caminha para a finitude. Mas, até lá, diz ele, “tem chão pra burro”. Para Delfim, Georgescu foi banido especialmente por não acreditar em instrumentos da economia neoclássica, que se tornou mainstream – assim como o “velho Marx”, que foi alijado do sistema por “dizer algumas verdades”.