Browsing: Roberto S. Waack

Este artigo é o primeiro de uma série voltada a debater os desafios da agenda climática sob um novo contexto político e geopolítico. O mundo que recepcionou a COP 21, em Paris, já não existe mais. Dois pilares alicerçam hoje a agenda climática: a demanda por um novo sistema global de energia e os limites da natureza. Não há recursos naturais e serviços ambientais suficientes para fazer frente às necessidades de 10 bilhões de pessoas, se não ocorrerem mudanças drásticas e justas nos processos de desenvolvimento e de conservação.

Cada vez mais volumes financeiros são demandados para enfrentar a crise climática. Embora necessários, os recursos da filantropia são insuficientes, enquanto o sistema financeiro mainstream está ciente de que precisa entrar pesadamente no jogo. Mas a proliferação de conceitos e sobreposições gera boa confusão de dados. Entender o papel de cada ator e o funcionamento dos diversos mecanismos é o primeiro passo para esta agenda avançar.

A fim de lidar com os desafios contemporâneos, propõem-se duas abordagens para a formação e o funcionamento dos movimentos em rede. Uma reconhece a organicidade e o caos desses movimentos, e sugere um método capaz trazer maior eficiência. Outra é a abordagem de paisagem, que ilumina caminhos entre racionalidade e emoção para lidar com a complexidade de ambientes e de grupos tão diversos.