Enquanto na esfera federal reza-se missa de sétimo dia, na Califórnia a lei que determina a redução das emissões de gases de efeito estufa está sob ameaça. Aprovada em 2006, a lei prevê que a Califórnia volte, até 2020, ao nível de emissões de 1990 e estabelece um sistema de cap-and-trade a partir de 2012. Mas um grupo chamado California Jobs Initiative, financiado por duas empresas de petróleo texanas, conseguiu levar a questão às urnas nas eleições de novembro. O grupo obteve assinaturas suficientes para apresentar a Proposição 23, segundo a qual o início do esquema de cap-and-trade deve ser postergado até que a taxa de desemprego no estado fique abaixo de 5,5% por um ano. Atualmente, a taxa é de 12,3%.
Os defensores da proposição alegam que as medidas para conter as emissões trarão danos à economia e, portanto, para as perspectivas de emprego. E alegam que, assim que o desemprego for reduzido, tudo voltaria ao previsto. Mas os opositores garantem que se trata de um artifício para paralisar os esforços da Califórnia, estado visto como líder em questões ambientais nos EUA. O plano para reduzir as emissões é a menina dos olhos do governador Arnold Schwarzenegger. Na Califórnia, propostas para alterar leis ou a Constituição estadual podem ser apresentadas ao eleitorado para aprovação por voto direto. Os californianos vão às urnas em 2 de novembro para, entre outras decisões, eleger um novo governador.
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