Já pensou em fazer uma graninha quando seu carro está parado na garagem? Pois é, nos Estados Unidos, a moda do carsharing deu asas à imaginação de empreendedores que começaram a bolar maneiras de tirar o intermediário da ótima ideia de compartilhar veículos. O carsharing depende de empresas que, assim como as locadoras tradicionais, possuem uma frota razoável. Mas e se o cidadão comum colocasse seu carro para alugar quando não precisasse dele? Não seria preciso criar novas frotas, os donos de veículos poderiam fazer seus ativos render, e os interessados em alugar teriam um carro por perto só quando necessitassem, e por um preço razoável.
É o que a RelayRides, uma empresa de Massachusetts, batizou de carsharing de-vizinho-para-vizinho. Donos de veículos e potenciais locatários registram-se no website da empresa e concordam com um contrato de aluguel, enquanto a empresa checa dados do veículo, do motorista, faz uma vistoria prévia e cuida do seguro. O dono do carro estabelece o preço do aluguel e a RelayRides cobra 15%. Segundo a empresa, o custo acaba sendo menor do que um aluguel tradicional ou carsharing convencional. Espera-se que donos e locatários de uma mesma região entrem em contato, formando uma comunidade de compartilhamento de veículos.
Um dos desafios é fomentar a confiança mútua entre donos de veículos e locatários. Outro, a resistência das seguradoras em permitir que o proprietário receba dinheiro pelo uso de seu veículo, começa a ser vencido. Uma lei que esclarece que essa modalidade de compartilhamento não constitui uso comercial do veículo acaba de ser aprovada na Califórnia.