Marcas detentoras da tecnologia da lâmpada LED têm dado conta de apresentá-la como o futuro da iluminação, principalmente quando a preocupação maior é economizar eletricidade. Mas o aspecto da eficiência energética pode estar sendo superado por outro talvez ainda mais nocivo.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia comprovaram que essas lâmpadas podem conter altos índices de substâncias tóxicas, entre elas chumbo e arsênio. Segundo o estudo, os LED vermelhos, encontrados em luzes de freio de veículos e semáforos, contêm até oito vezes mais chumbo do que o permitido pela legislação da Califórnia. Os brancos contêm menos chumbo, mas concentram mais níquel. Em geral, quanto mais intensa a luz do LED, mais toxinas tende a apresentar.
Substâncias como chumbo e arsênio estão relacionadas a vários tipos de câncer, lesões cerebrais e hipertensão, além de outras doenças. O cobre das lâmpadas LED, uma vez liberado, pode afetar rios e lagos e causar a morte de animais, podendo ainda atingir o organismo humano.
Até pouco tempo conhecidas como as “luzinhas” dos eletroeletrônicos, essas pequenas lâmpadas têm ganhado cada vez mais espaço no mercado e sinalizam como a geração que substituirá a iluminação fluorescente.
“Na tentativa de fabricar produtos que consumam menos energia, não podemos deixar de atentar para os riscos de toxicidade daqueles que são comercializados como substitutos”, disse Oladele Ogunseitan, líder do estudo. Segundo ele, os fabricantes de LED têm todas as condições para redefinir seus projetos e diminuir o uso dessas toxinas.