As discussões sobre adaptação trazem novos conceitos à baila e algumas áreas gris entre eles. Veja os principais neste breve glossário
ADAPTAÇÃO é a capacidade de diminuir vulnerabilidades, aumentar a resiliência de ecossistemas e enfrentar perigos com os menores impactos sociais e econômicos possíveis. A transferência de populações de zonas costeiras baixas para zonas mais altas é um exemplo de adaptação ao perigo da elevação do nível dos oceanos.
MITIGAÇÃO é definida como a intervenção humana para reduzir impactos ou perigos. Os exemplos mais comuns de mitigação são a redução de emissões de gases de efeito estufa, a troca de fontes de energia baseadas em petróleo por fontes renováveis, a recuperação e o fortalecimento de sumidouros de carbono, como as florestas e oceanos.
PERIGOS são ocorrências e/ou processos que podem impactar ecossistemas e sociedades, como tempestades, chuvas extremas, secas, vendavais, aquecimento global causado por gases de efeito estufa, redução de precipitação média, desertificação, sedimentação de áreas costeiras, mudanças no regime climático associadas a alterações na circulação oceânica etc.
RESILIÊNCIA é a capacidade a longo prazo de um sistema para lidar com a mudança e continuar a se desenvolver. Para um ecossistema, isso pode significar conviver com tempestades, incêndios e poluição e ainda assim conseguir manter sua capacidade de recuperação e manter suas características florestais. No caso de uma sociedade, envolve a capacidade de lidar com eventos como a instabilidade política e desastres naturais de uma forma que seja sustentável a longo prazo.
RISCOS são a combinação entre a probabilidade de estes perigos (ou eventos) acontecerem e suas consequências negativas.
VULNERABILIDADE é o grau de suscetibilidade de um sistema a determinado risco ou sua incapacidade de reagir aos seus efeitos. Pode ser econômica, social, ambiental e/ou física. As zonas costeiras, por exemplo, são fisicamente vulneráveis à elevação dos oceanos, mas muitas são social e economicamente capazes de se adaptarem a esse problema. A África Subsaariana é vulnerável à intensificação das secas, tanto nos aspectos ambientais quando nos sociais e econômicos.
(Elaboração: PÁGINA2)