O governo brasileiro continua investindo no carvão mineral como fonte complementar da matriz elétrica. O combustível fóssil recebeu desoneração de PIS/Cofins para sua comercialização, quando da destinação à geração de energia elétrica. A despeito dos esforços, o leilão de energia promovido em 29 de agosto não conseguiu compradores para nenhum dos três projetos de instalação de termelétricas a carvão. A prioridade dada à alternativa suja foi repudiada por entidades ambientalistas, como WWF, The Nature Conservancy e Greenpeace.
Esta última, por sua vez, além de protestar em frente ao Ministério de Minas e Energia, apresentou à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) o relatório [R]evolução Energética, no qual projeta um cenário com 66,5% de participação de fontes renováveis, aumento considerável de uso de energia eólica, solar e biomassa e eliminação de carvão mineral e nuclear da matriz energética brasileira em 2050. A transição custaria R$ 58 bilhões por ano.
Apesar de alto, o investimento seria justificado pelo alto retorno em criação de empregos diretos e segurança no fornecimento de energia, uma vez que os combustíveis fósseis são cada vez mais sujeitos à instabilidade de preço. De acordo com o coordenador do estudo, Ricardo Baitelo, o dinheiro gasto com incentivos fiscais, viabilização de novas fronteiras de exploração e compras de combustíveis fósseis deveria ser realocado para o financiamento das fontes renováveis. Outra medida importante para a transição seria o investimento em eficiência energética da rede elétrica e na produção industrial, assim como o desenvolvimento de eletrodomésticos, automóveis e construções que consumam menos energia. Leia a íntegra do relatório.[:en]
O governo brasileiro continua investindo no carvão mineral como fonte complementar da matriz elétrica. O combustível fóssil recebeu desoneração de PIS/Cofins para sua comercialização, quando da destinação à geração de energia elétrica. A despeito dos esforços, o leilão de energia promovido em 29 de agosto não conseguiu compradores para nenhum dos três projetos de instalação de termelétricas a carvão. A prioridade dada à alternativa suja foi repudiada por entidades ambientalistas, como WWF, The Nature Conservancy e Greenpeace.
Esta última, por sua vez, além de protestar em frente ao Ministério de Minas e Energia, apresentou à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) o relatório [R]evolução Energética, no qual projeta um cenário com 66,5% de participação de fontes renováveis, aumento considerável de uso de energia eólica, solar e biomassa e eliminação de carvão mineral e nuclear da matriz energética brasileira em 2050. A transição custaria R$ 58 bilhões por ano.
Apesar de alto, o investimento seria justificado pelo alto retorno em criação de empregos diretos e segurança no fornecimento de energia, uma vez que os combustíveis fósseis são cada vez mais sujeitos à instabilidade de preço. De acordo com o coordenador do estudo, Ricardo Baitelo, o dinheiro gasto com incentivos fiscais, viabilização de novas fronteiras de exploração e compras de combustíveis fósseis deveria ser realocado para o financiamento das fontes renováveis. Outra medida importante para a transição seria o investimento em eficiência energética da rede elétrica e na produção industrial, assim como o desenvolvimento de eletrodomésticos, automóveis e construções que consumam menos energia. Leia a íntegra do relatório.