Das agroflorestas às indústrias, o caminho do bioinsumo amazônico transformado em chocolates reúne interações coordenadas entre os diferentes segmentos com vistas à produção que busca critérios de sustentabilidade. “O engajamento cria sinergias para evitar duplicidade de esforços e investimentos, e colocar todos na mesma página”, afirma o consultor Guilherme Salata, coordenador da CocoaAction Brasil.
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Após o êxito da mobilização de grupos na coleta e plantio de sementes nativas para salvar nascentes em São Félix do Xingu (PA), reduto do agronegócio com impactos à água usada por produtores e populações locais, a experiência na Amazônia inspirou novas articulações regionais e se espalhou no País como modelo que une geração de renda, empoderamento social e diversidade de espécies na restauração ecológica.
Promover negócios éticos que valorizam os povos da floresta e a conservação da biodiversidade da Amazônia inspira a construção de novos modelos de relações comerciais entre empresas compradoras e fornecedores de bioprodutos de Unidades de Conservação e Terras Indígenas. “Para problemas complexos são necessárias soluções em rede, porque ninguém conseguirá sucesso sozinho para manter a floresta em pé”, ressalta Luiz Brasi, gerente da rede Origens Brasil, no Imaflora.