A ciência consegue montar um retrato preciso e detalhado sobre um território a partir de dados. Mas um território vai além de dados, ele é composto por histórias, por percepções, por sonhos, por relações de poder. Para equilibrar a nossa racionalidade limitada precisamos de muita sensibilidade, precisamos da cultura
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Evento marca o lançamento de estudo sobre bioeconomia indígena e procura dar visibilidade aos conhecimentos e saberes ancestrais. A ciência ocidental, eficaz em traçar diagnósticos, tem falhado nas soluções. Precisa, portanto, ouvir mais, falar menos e compreender melhor os modos de viver e produzir dos povos originários, que são profundamente relacionados ao território e à sua conservação. Embora ainda com pouco espaço no mundo acadêmico tradicional, a literatura indígena cada vez mais se mostra capaz de preencher lacunas de conhecimento.
O Brasil é o país com maior potencial de liderar a economia alicerçada no capital natural, enquanto gera desenvolvimento com bem-estar para sua população e preservação de seu patrimônio ambiental. Daí a relevância da agenda de CT&I voltada à bioeconomia de base florestal. Cientes dessa importância, dois institutos brasileiros – Arapyaú e Agni – uniram-se em torno da iniciativa “Estratégia para fortalecer CT&I em bioeconomia na Amazônia”, criada em 2023, que se dispôs a mergulhar no sistema de ciência, tecnologia e inovação da região amazônica. Apresentamos aqui as principais linhas e informações da iniciativa, seguidas de uma reportagem que aprofunda o tema, mostrando o quanto esta agenda é chave para se reimaginar o desenvolvimento da região amazônica e do próprio País.
Os brasileiros consomem ínfimos 0,3% do PIB em espécies da biodiversidade do País. O uso sustentável capital natural, entretanto, será chave para o desenvolvimento do Brasil na medida em que gera oportunidades estratégicas para a prosperidade e o bem-estar das pessoas, especialmente neste momento em que o mundo precisa de soluções para as crises ambiental e climática, o que faz da Amazônia um ponto de partida. Mas a economia da floresta somente será impulsionada com investimentos baseados no conhecimento, que por sua vez é gerado por ciência, tecnologia e inovação. Iniciativa dos institutos Arapyaú e Agni, a partir de diálogo com mais de 70 pessoas, propõe uma estratégia para potencializar a agenda de CT&I na Amazônia.
Uma Concertação pela Amazônia lança documento com propostas para os primeiros 100 dias de governo. Com uma abordagem sistêmica, que tem como pilares proteção ambiental, inclusão social e desenvolvimento econômico, texto propõe ações concretas para a região que podem ser adotadas já no início dos mandatos do Executivo federal e estadual e Congresso Nacional.
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