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Tecnologias, regulações e instrumentos financeiros, embora necessários, não conseguem produzir transformação estrutural quando aplicados a partir de percepções fragmentadas. O desafio é, fundamentalmente, cognitivo. O livro Terranautas lembra que, sem uma mudança na forma de ler o sistema, continuaremos a tratar os sintomas sem enfrentar as causas.

Pós-COP 30: A falta de ambição em temas essenciais da agenda climática mostra que o setor empresarial orientado por impacto terá de ocupar um espaço que a política internacional ainda não consegue preencher. Isso significa assumir compromissos voluntários e mais ambiciosos do que aqueles firmados entre países e agir de forma coletiva com outras empresas, governos locais, academia e movimentos sociais para buscar uma transformação sistêmica.

A Conferência do Clima em Belém proporcionou o fortalecimento do multilateralismo, chamou atenção para a centralidade das pessoas nos processos decisórios, jogou luz sobre a agenda de desenvolvimento das Amazônias e convocou a sociedade para a agenda de implementação – avaliam participantes da plenária realizada pela rede Uma Concertação pela Amazônia.

“People of COP”, ou Pessoas da COP, é um projeto artístico e documental de Vania Bueno que nasce de um gesto simples e profundamente humano: olhar para as pessoas que fazem a Conferência das Partes das Nações Unidas, a COP, acontecer. Muito além das negociações climáticas, das delegações oficiais e das estruturas complexas dos pavilhões, existem rostos, culturas, histórias e trajetórias que se cruzam diariamente em busca de um futuro melhor.

Tradução do original em inglês Becoming Nature Positive, a obra organizada por Marco Lambertini traz capítulos inéditos de pensadores brasileiros como Roberto S. Waack, Izabella Teixeira e Vanda Witoto. Publicada pela Editora Jandaíra, a edição conta com o apoio de Amália Safatle e Magali Cabral, da Página22, introdução de Lívia Pagotto, e traz prefácio de Lélia Wanick Salgado e fotos de Sebastião Salgado.

O mais importante acordo climático do mundo completa 10 anos, em um cenário global no qual o futuro do planeta precisa encontrar um caminho em meio a guerras e novas tensões geopolíticas.

Tema de impasses históricos nas Conferências das Partes das Nações Unidas (COPs) sobre o Clima, o debate sobre financiamento climático voltará ao centro das atenções em Belém, que receberá, a partir do dia 10, a COP 30. O Brasil, que ocupa a presidência da cúpula, herdou a missão de elevar a doação de países ricos às nações em desenvolvimento dos atuais US$ 300 bilhões a US$ 1,3 trilhão anuais. A demanda será apresentada em meio a um cenário geopolítico fragmentado, com a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris e a escalada de investimentos da União Europeia em defesa nacional.

Não faltam soluções inovadoras, e sim infraestrutura institucional para convertê-las em negócios escaláveis. A COP 30 pode ser o momento em que o Brasil para de discutir se o pipeline existe e começa a construir a ponte entre laboratório e mercado. Para isso, três movimentos são urgentes, saiba quais.