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O mais importante acordo climático do mundo completa 10 anos, em um cenário global no qual o futuro do planeta precisa encontrar um caminho em meio a guerras e novas tensões geopolíticas.

Tema de impasses históricos nas Conferências das Partes das Nações Unidas (COPs) sobre o Clima, o debate sobre financiamento climático voltará ao centro das atenções em Belém, que receberá, a partir do dia 10, a COP 30. O Brasil, que ocupa a presidência da cúpula, herdou a missão de elevar a doação de países ricos às nações em desenvolvimento dos atuais US$ 300 bilhões a US$ 1,3 trilhão anuais. A demanda será apresentada em meio a um cenário geopolítico fragmentado, com a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris e a escalada de investimentos da União Europeia em defesa nacional.

Mecanismo que compensa os esforços de conservação em um território, o Redd+ Jurisdicional ganha maior interesse do setor privado, por meio do mercado de carbono voluntário. As comunidades que contribuem para a conservação são remuneradas, mas faltam aperfeiçoamentos no sistema. Estados como Acre, Mato Grosso, Pará e Tocantins relatam experiências, conquistas e desafios, no primeiro webinar deste ano da série Notas Amazônicas .

Este artigo é o primeiro de uma série voltada a debater os desafios da agenda climática sob um novo contexto político e geopolítico. O mundo que recepcionou a COP 21, em Paris, já não existe mais. Dois pilares alicerçam hoje a agenda climática: a demanda por um novo sistema global de energia e os limites da natureza. Não há recursos naturais e serviços ambientais suficientes para fazer frente às necessidades de 10 bilhões de pessoas, se não ocorrerem mudanças drásticas e justas nos processos de desenvolvimento e de conservação.

A comunidade climática deve se unir e se organizar para proteger o Acordo de Paris, que entrou em risco com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos – conclamou a CEO da European Climate Foundation (ECF), Laurence Tubiana, ao abrir a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias. Uma das arquitetas do Acordo, ela ressaltou o papel do Brasil em posicionar a COP 30 como um momento crucial na ação climática global. O País deverá mostrar a importância do multilateralismo e das soluções climáticas cooperativas, atuando como um líder, ao mesmo tempo em que precisará fazer a lição de casa para manter a credibilidade.

Pela primeira vez na história das COPs, o texto resultante menciona a importância de uma transição energética que reduza a dependência do mundo dos combustíveis fósseis e promova as energias renováveis. Também houve avanços em temas como Perdas e Danos, financiamento climático e adaptação, embora bem aquém do necessário